Austrália cancela novamente o visto de Novak Djokovic após Ministro interferir

Djokovic já estava programado para jogar contra o também sérvio Miomir Kecmanovic na primeira rodada de jogos

15/01/2022 11:15 Atualizado: 15/01/2022 11:15

Por Caden Pearson 

O Ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, utilizou seu poder ministerial discricionário para cancelar o visto do tenista Novak Djokovic por motivos de saúde e boa ordem, declarando que era do interesse público fazê-lo.

“Esta decisão seguiu ordens do Circuito Federal e do Tribunal da Família no dia 10 de janeiro de 2022, anulando uma decisão de cancelamento anterior por motivos de justiça processual”, afirmou Hawke em comunicado no dia 14 de janeiro.

“Ao tomar essa decisão, considerei cuidadosamente as informações fornecidas a mim pelo Departamento de Assuntos Internos, pela Força de Fronteira Australiana e pelo senhor Djokovic.”

“O governo de Morrison está firmemente comprometido em proteger as fronteiras da Austrália, particularmente em relação à pandemia da COVID-19.”

Isso ocorreu após dias de deliberação sobre o destino da estrela do tênis depois que ele ganhou um processo judicial para anular um cancelamento de visto anterior.

Não se sabe se o jogador sérvio contestará a decisão do ministro.

Djokovic solicitou uma isenção médica para entrar na Austrália para competir no torneio de tênis Aberto da Austrália, porque não está vacinado contra a COVID-19.

Ele alegou que deveria receber a isenção porque havia testado positivo em dezembro.

O tenista número um do mundo foi detido pela Força de Fronteira da Austrália, na sua chegada no dia 6 de janeiro, e seu visto foi cancelado porque ele não atendeu aos requisitos de entrada da Austrália, que exigem a vacinação completa para quem chega do exterior.

Djokovic foi liberado da detenção da imigração no dia 11 de janeiro, após o juiz federal Anthony Kelly restabelecer seu visto, considerando o cancelamento “irracional” porque o jogador não teve tempo suficiente para responder às autoridades.

O governo australiano reconheceu que não deu a Djokovic tempo suficiente para defender seu caso enquanto ele estava detido, após chegar ao país.

A revelação de que Djokovic havia testado positivo para a COVID-19 em dezembro também o forçou a emitir uma declaração pública pedindo desculpas por não se isolar após obter seu resultado. Ele afirmou que sentiu-se obrigado a fazer uma entrevista e acreditava que, como era assintomático e praticava o distanciamento social, ficaria tudo bem.

“Isso foi um erro de julgamento, e eu aceito que deveria ter remarcado esse compromisso”, declarou Djokovic.

“Senti-me obrigado a dar a entrevista ao L’Equipe, pois não queria decepcionar o jornalista, mas assegurei-me de me distanciar socialmente e usar uma máscara, exceto quando minha fotografia estava sendo tirada.”

Djokovic estava programado para jogar contra o também sérvio Miomir Kecmanovic na primeira rodada de jogos, no dia 17 de janeiro no Aberto da Austrália.

Enquanto isso, a tenista tcheca deportada, Renata Voracova, prometeu buscar indenização pela Federação Internacional do Tênis, após deixar o país no fim de semana, devido a uma disputa de visto.

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