Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Ter a coragem mental para lidar e se adaptar aos desafios da vida está ligado à longevidade, segundo um estudo recente.
Essa ligação entre os dois permaneceu estatisticamente significativa mesmo em pessoas com diabetes, doenças cardíacas, derrame, câncer e hipertensão.
“A relação persistiu mesmo após a contabilização do tabagismo e de outros comportamentos relacionados à saúde”, acrescentaram os autores.
Pesquisadores da Suécia e da China analisaram dados do Health and Retirement Study, que é uma amostra nacionalmente representativa de adultos americanos com 50 anos ou mais. Mais de 10.000 americanos foram avaliados em sua resiliência psicológica e seus dados foram acompanhados por 12 anos.
“Nossas descobertas revelaram um efeito protetor da resiliência psicológica contra a mortalidade”, escreveram os autores em seu estudo publicado na terça-feira (3) no BMJ Mental Health.
A resiliência psicológica melhora a saúde
Os participantes foram pontuados com base em um questionário que incluía itens relacionados a “perseverança, calma, senso de propósito, autoconfiança e o reconhecimento de que certas experiências devem ser enfrentadas sozinhas”.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas que obtiveram as pontuações mais altas em resiliência psicológica tiveram uma chance menor de mortalidade por todas as causas.
Homens e mulheres tiveram pontuações muito próximas em suas pontuações de resiliência, sendo que os que tiveram a pontuação mais alta tiveram 84% de probabilidade de sobrevivência em 10 anos. As pessoas que obtiveram a pontuação mais baixa tiveram 61% de probabilidade de sobrevivência em 10 anos.
Além disso, a aceitação positiva da mudança, que é um aspecto central da resiliência psicológica, foi associada a uma menor mortalidade geral e a um risco reduzido de morte por todas as causas e cardiovascular entre os participantes mais velhos.
As mulheres tenderam a ter uma chance menor de mortalidade por todas as causas, tendo uma chance maior de sobrevivência mesmo quando comparadas aos homens que tiveram a mesma pontuação em resiliência psicológica.
A mente protege o corpo
O estudo mostra um efeito protetor da resiliência psicológica contra a mortalidade, disseram os pesquisadores.
Pesquisas anteriores associaram a resiliência psicológica a uma melhor saúde biológica, embora poucos estudos tenham investigado essa ligação.
“A pesquisa destacou uma possível associação entre resiliência psicológica e relógios epigenéticos”, escreveram os autores. Esses estudos descobriram que as pessoas com maior resiliência podem ter um envelhecimento mais lento, o que pode ser observado por meio de modificações no DNA.
Um aspecto de ser psicologicamente resiliente é ter um senso de propósito, o que pesquisas anteriores demonstraram estar ligado a uma maior longevidade.
Uma pesquisa publicada no International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity sugeriu que a relação entre a mente e o corpo é bidirecional — com exercícios, dietas e meditação ligados à melhoria da resiliência mental — e as pessoas mentalmente resilientes tendem a participar mais dessas atividades.
Atividades e tratamento para melhorar a resiliência psicológica podem reduzir a mortalidade por todas as causas, disseram os autores.