Enquanto secretário-geral da ONU denuncia falta de liderança em relação à “crise climática”, mais de 1500 cientistas afirmam o contrário

Por Danielle Dutra e Agência EFE
20/11/2023 17:31 Atualizado: 20/11/2023 17:31

O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou a “falta de liderança” dos países em relação à “crise climática” nesta segunda-feira (20), dia em que um novo relatório da ONU mostra a dificuldade em cumprir as metas de redução de emissões sem um impulso radical à transição energética.

O novo Relatório Anual sobre Lacuna de Emissões, divulgado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mostra que, se continuar como está, até 2030 o mundo produzirá 22 gigatoneladas de gases poluentes a mais do que permite a meta do Acordo de Paris de limitar o “aquecimento global” a 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais.

“As tendências atuais estão levando nosso planeta a um beco sem saída de um aumento de 3 graus”, disse Guterres em entrevista coletiva para lançar o relatório na sede da ONU em Nova Iorque.

O político português lembrou que somente neste ano foram registrados os meses mais quentes de junho, julho, agosto, setembro e outubro. E isso com o nível atual de emissões, que, de acordo com as previsões, ainda aumentará 1,2% até 2030.

“Tudo isso é uma falta de liderança, uma traição aos vulneráveis e uma enorme oportunidade perdida”, lamentou Guterres.

No entanto, o secretário-geral quis lembrar que ainda é possível atingir a meta do Acordo de Paris, mas que para isso é essencial eliminar os combustíveis fósseis, “a raiz envenenada da crise climática”. “Caso contrário, estaremos inflando os botes salva-vidas enquanto quebramos os remos”, declarou.

“Não há emergência climática

Um grupo de mais de 1500 cientistas e profissionais se reuniram para assinarem uma “Declaração Climática Mundial” do Global Climate Intelligence Group, uma fundação independente que opera nas áreas de mudanças climáticas e política climática.

A Declaração afirma que não há emergência climática, e que essa mensagem alarmista é promovida pelas elites globais por motivações puramente políticos. “[…] O clima não está mais sendo estudado cientificamente. Em vez disso, tornou-se uma questão de fé”, disse Haym Benaroya, distinto professor de engenharia mecânica e aeroespacial na Universidade Rutgers, ao The Epoch Times.

Para ler a Reportagem Especial do Epoch Times sobre a declaração, clique aqui.

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