Biden diz que proposta do Hamas sobre reféns é “um pouco exagerada”

Por Agência de Notícias
07/02/2024 15:07 Atualizado: 07/02/2024 15:07

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira (06) que a proposta do grupo terrorista palestino Hamas em relação a um acordo sobre a libertação de reféns em Gaza é “um pouco exagerada”.

“Houve algum movimento”, disse Biden em resposta a uma pergunta de jornalistas na Casa Branca.

O mandatário americano se mostrou reticente em dar mais detalhes e disse ter de “escolher as palavras com cuidado”, mas explicou que tem havido uma resposta do Hamas que “é um pouco exagerada”, embora as negociações prossigam.

Apenas algumas horas antes, o Hamas tinha confirmado que respondeu “com um espírito positivo” ao quadro proposto para um possível pacto de trégua com Israel, no qual Catar e Egito mediam a libertação dos reféns israelenses em Gaza.

Embora os detalhes do projeto de acordo não tenham sido publicados, as últimas informações vazadas apontam para a libertação dos 136 reféns detidos pelo Hamas, cerca de 30 já mortos, durante um prazo de 142 dias, em troca da libertação de mais de 100 prisioneiros palestinos mantidos como reféns.

No entanto, o grupo terrorista islâmico exige como ponto de partida o compromisso israelense de concordar com um cessar-fogo permanente para pôr fim à guerra, algo que Israel não está disposto a aceitar.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, que visitou hoje o Catar, já explicou que Washington estava “revisando” a resposta do Hamas e planejava avaliá-la amanhã em conjunto com o governo israelense durante a sua visita a Israel.

Por seu lado, o ministro das Relações Exteriores catari, Mohammed bin Abdul Rahman, tem sido mais otimista do que os EUA e descreveu como “positiva” a resposta do Hamas.

O acordo proposto foi forjado há uma semana em Paris por funcionários de alto escalão de Israel, Estados Unidos e dos principais mediadores do conflito, Egito e Catar, e contempla uma trégua em troca de uma troca de reféns por prisioneiros palestinos.