CAIRO – Arqueólogos egípcios desenterraram as ruínas de um templo para o antigo deus grego Zeus na Península do Sinai, disseram especialistas na segunda-feira.
O Ministério do Turismo e Antiguidades disse em um comunicado que as ruínas do templo foram encontradas no sítio arqueológico de Tell el-Farma, no noroeste do Sinai.
Tell el-Farma, também conhecido pelo seu antigo nome Pelusium, remonta ao final do período faraônico e também foi usado durante os tempos greco-romano e bizantino. Há também vestígios que datam dos períodos cristão e islâmico primitivo.
Mostafa Waziri, secretário-geral do Egito, disse que os arqueólogos escavaram as ruínas do templo através do portão de entrada, onde duas enormes colunas de granito caídas eram visíveis. O portão foi destruído em um forte terremoto nos tempos antigos, segundo ele.
Waziri disse que as ruínas foram encontradas entre o Forte Pelusium e uma igreja memorial no local. Os arqueólogos encontraram um conjunto de blocos de granito provavelmente usados para construir uma escada para os fiéis chegarem ao templo.
As escavações na área datam do início de 1900, quando o egiptólogo francês Jean Clédat encontrou inscrições gregas antigas que mostravam a existência do templo de Zeus-Kasios, mas ele não o desenterrou, segundo o ministério.
Zeus-Kasios é uma fusão de Zeus, o Deus do céu na mitologia grega antiga, e o Monte Kasios na Síria, onde Zeus já foi adorado.
Hisham Hussein, diretor dos sítios arqueológicos do Sinai, disse que inscrições encontradas na área mostram que o imperador romano Adriano (117-138) renovou o templo.
Ele disse que os especialistas estudarão os blocos desenterrados e farão uma pesquisa de fotogrametria para ajudar a determinar o projeto arquitetônico do templo.
As ruínas do templo são as últimas de uma série de descobertas antigas que o Egito divulgou nos últimos dois anos na esperança de atrair mais turistas.
A indústria do turismo está se recuperando da turbulência política após a revolta popular de 2011 que derrubou o autocrata Hosni Mubarak. O setor também sofreu novos golpes pela pandemia do coronavírus e, mais recentemente, pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Por Samy Magdy
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