Planeta “ranúnculo” descoberto

30/09/2010 00:00 Atualizado: 06/08/2013 19:28

Esta concepção artística mostra os quatro planetas internos do sistema Gliese 581 e sua estrela, uma estrela anã vermelha, apenas 20 anos-luz da Terra. O grande planeta, em primeiro plano, é o GJ 581g recém-descoberto. (Lynette Cook/NASA)

Trata-se de um planeta próximo à Terra que poderia ser habitável

O planeta, chamado de “Ranúnculo” por apresentar características adequadas em termos de ocupação, foi descoberto orbitando uma estrela relativamente próxima, anunciou uma equipe de astrônomos norte-americanos responsável pela descoberta.

Cientistas da Universidade da Califórnia e do Instituto Carnegie de Washington acreditam que o planeta, conhecido como Gliese 581g, pode ter água superficial e atmosfera necessária para suportar vida.

“Pessoalmente, dada a localização, e a propensão da vida florescer sempre que possível, me leva a crer que as chances de vida neste planeta são de 100%”, afirmou Steven Vogt, da Universidade da Califórnia, em um encontro com a imprensa: “Não tenho praticamente dúvidas sobre isso.”

O planeta, que é o sexto encontrado orbitando a estrela anã vermelha Gliese 581g, é provavelmente rochoso, pouco maior que a Terra e com gravidade suficiente para reter a atmosfera.

A cada 37 dias gira ao redor da estrela, que sempre apresenta a mesma face (como a Lua à Terra), e, por isso, uma metade do planeta permanece em um eterno dia e a outra metade em uma interminável noite.

Gliese 581g está localizado a 20 anos-luz da Terra, cerca de 188 trilhões de quilômetros. O planeta foi descoberto durante a exploração.

“Este é realmente o primeiro planeta ‘Ranúnculo'”, disse o codescobridor do mesmo, R. Paul Butler, do Instituto Carnegie de Washington, em um encontro com a imprensa.

Os astrônomos dizem que pode ser o exoplaneta mais próximo à Terra que já foi descoberto desde o planeta 374, e o melhor candidato para suportar a vida.

“O fato de que fomos capazes de detectar esse planeta tão rapidamente e que esteja tão perto, indica que a existência de planetas desta natureza pode ser comum”, acrescentou o professor Vogt na conferência de imprensa.

As descobertas foram publicadas no Jornal de Astrofísica e online em arXiv.org.