Semelhanças com os mármores de Moqui sugerem que já existiu vida em Marte
![](http://www.epochtimes.com.br/wp-content/uploads/2012/10/hematita-blueberries.jpg)
Antigas esferas de óxido de ferro chamadas de mármores de Moqui pelos sulamericanos proporcionam uma compreensão melhor das estruturas semelhantes em Marte.Estes chamados ‘mirtilos’ – pequenas bolas de hematita cristalina – foram avistadas pela primeira vez em 2004, quando o veículo robotizado ‘Opportunity’ chegou ao planeta vermelho. Uma nova pesquisa conjunta, com EUA e Austrália, sugere que não somente a água é necessária a sua criação, mas a vida também é necessária.
De volta a Terra, agregados de óxido de ferro semelhantes encontram-se em ‘Nvajo Sandstone’ que se formou durante o período Jurássico. Liderados por Karrie Weber, da Universidade do Nebraska, os pesquisadores descobriram que os micro-organismos eram essenciais para a mineralização destes mármores de Moqui.
À cerca de dois milhões de anos atrás, criaturas do gênero das bactérias adquiriram energia e carbono a partir da siderite mineral, que contém carbonato de ferro. Elas então teriam oxidado o ferro e produzido ácido, formando uma espessa carapaça de óxido de ferro ao redor de um núcleo arenoso, e transformando os carbonatos em carbono orgânico.
Usando um microscópico eletrônico e um espectrometro de massa iônica (nanoSIMS), os investigadores identificaram estruturas que se parecem com microrganismos nos mármores, assim como um luz de isótopo de carbono e outros químicos indicadores de vida.
“Por isso toda a informação que juntamos nos diz que essa vida microbial estava presente, ativa, e desempenhou um papel na biomineralização do ferro”.
Uma ‘curiosidade’ é que o novo veículo robotizado enviado para Marte encontra-se agora na cratera Gale, selecionada devido aos sinais que apresentava de água e, por isso a vida pode estar presente no passado. Cientistas esperam que mais ‘mirtilos’ possam ser descobertos, o que possibilitaria as análises de sua mineralogia e material orgânico.
Os resultados foram publicados na edição de agosto do jornal de Geologia.
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