Um longo filamento de poeira e gás, que os astrônomos chamam de “osso”, foi encontrado em nossa galáxia.
A Via Láctea é uma galáxia espiral com uma barra central e dois braços principais ao redor de seu disco. Outras galáxias espirais têm endoesqueletos ou esqueletos entre seus braços, que são observados melhor em luz infravermelha.
Redes de filamentos podem ser vistas dentro de discos espirais quando a formação da galáxia é simulada em computador. Esta nova estrutura pode muito bem ser um desses filamentos.
“Esta é a primeira vez que vimos uma peça tão delicada do esqueleto galáctico”, disse Alyssa Goodman, a autora do estudo do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA), num comunicado de imprensa.
A equipe de Goodman observava uma nuvem de poeira chamada “Nessie” quando notou a extensão do filamento. Seu centro já fora observado em 2010 usando o Telescópio Espacial Spitzer, mas a nova investigação revelou que ele é oito vezes mais longo do que se pensava anteriormente.
O osso de “Nessie” se parece com uma cobra. Ele tem 1 a 2 anos-luz de largura e mais de 300 anos-luz de comprimento, contendo matéria equivalente a cerca de 100 mil sóis.
“Este ‘osso’ é muito mais como uma fíbula (o osso mais longo em sua perna) do que uma tíbia (o osso mais grosso da perna)”, disse Goodman. “É possível que o ‘osso’ se localize dentro de um braço espiral ou que seja um pedaço de uma teia que conecta traços espirais mais evidentes.”
“Nossa esperança é que nós e outros astrônomos encontraremos mais destes traços e os usaremos para mapear o esqueleto da Via Láctea em 3D”, acrescentou ela.
A descoberta foi anunciada num encontro da Sociedade Astronômica Americana na Califórnia em 8 de janeiro.
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