China e América Central se reúnem como as grandes civilizações de jade

18/07/2012 03:00 Atualizado: 06/08/2013 15:48

Disco de jade com motivos zoomórficos. Peças como essa eram utilizadas nas cerimônias de sepultamento na cultura chinesa. (INAH)No Museu Nacional de Antropologia e História da Cidade do México se apresentou recentemente uma amostra de 220 obras antigas de jade dos museus e zonas arqueológicas do México e do Museu do Palácio de Pequim, que agora estão na capital chinesa.

O jade não é um mineral, mas uma combinação de dois minerais, nefrita e jadeíta e, portanto, para que uma rocha seja considerada como jade, os dois minerais devem estar presentes, seja em forma de grãos ou de fibras entrelaçadas.

Na China e na antiga América Central, o jade foi considerado como uma pedra preciosa, inclusive mais importante que o ouro e a prata no Ocidente. Com esse material se confeccionou objetos associados aos governantes e aos rituais, informa o Instituto Nacional de Antropologia (INAH) do México.

Na China, o jade além de seu uso, também era um símbolo de promoção da virtude e de um caráter impecável.

Máscara funerária da ‘Garra do Jaguar’. Cultura maia. Cidade de Calakmul. (INAH)O INAH menciona que o Museu do Palácio de Pequim, baseado no antigo Palácio Imperial, também conhecido como a Cidade Proibida, selecionou 120 peças (jogos), as mais representativas de suas coleção de jade, composta por mais de 30 mil objetos, que pertencem às culturas do período Neolítico e que foram desenvolvidos em toda a China, assim como nas mais diversas dinastias, desta forma abarcando um período de 8 mil anos.

Além disso, o instituto mexicano reuniu uma centena de obras, procedentes em sua maioria dos museus Nacional de Antropologia e do Templo Maior, assim como da Zona Arqueológica de Teotihuacán. O resto provém dos museus regionais de Yucatán, Campeche, Chiapas e Tabasco, do Museu de Antropologia de Xalapa e da delegação do INAH em Veracruz.

Segundo o comunicado do INAH, a importância da exposição das Pedras do Céu e das civilizações de jade significa uma primeira aproximação entre as duas culturas de jade, criando um novo campo de investigação comparativa sob uma visão mais ampla.

Uma terceira cultura de jade é a Maori. Este povo descobriu esta pedra com sua chegada a Nova Zelândia. Eles a chamaram de pedra verde ou Pounamu.

No que diz respeito às peças do Museu do Palácio expostas, destaca-se um adorno, um objeto de pequenas dimensões em forma de anel. Este objeto possui uma das representações mais primitivas de um dragão, um animal fantástico adorado na China. É a peça mais antiga da exibição, com mais de 7 mil anos.

Outra obra de destaque é a representação da uma montanha, em que se observa o processo de extração do jade.

A exposição também exibe máscaras de jade do México, como o rosto inerte da “Garra do Jaguar”, que corresponde ao governante da cidade de Calakmul, do século VII d.C.