Cardápio de exemplos | Opinião

Por Matheus
23/06/2023 14:55 Atualizado: 23/06/2023 14:58

Como uma sociedade saudável pode progredir com a ausência de bons exemplos? O manicômio cultural, imposto pela mídia nacional, tem suas raízes na revolução cultural idealizada por Antônio Gramsci. Há muito tempo nossos revolucionários trabalham incessantemente para dar grandes e silenciosos passos na direção de moldar o nosso imaginário. Ou você não conhece alguém que ache que o crime é um problema da pobreza? Se a pobreza é realmente o motivo da criminalidade, como explicar os milhares de brasileiros pobres que vivem dignamente do suor do seu rosto?

Qualquer sociedade é influenciada por sua produção artística. Não é à toa o tamanho da importância recebida pelo nosso ministério da “cultura”. Esse ano teremos um orçamento de dez bilhões de reais. É um pouco alto esse investimento, visto que com esse recurso seria possível cortar o Brasil de ferrovias ou investir na indústria naval, ou na indústria siderúrgica ou até no setor de tecnologia. Mas isso tem um porquê: A revolução cultural precisa de produção cultural. Isso nos dá sinais do que realmente é importante para nossos queridíssimos comunistas.

O show business tem por objetivo esconder das massas, cada vez mais ignorantes, submersas em um esgoto cultural, tudo que é bom e pode fazer o ser humano elevar-se, assim como colocar em evidência personagens e personalidades com as piores qualidades disponíveis no cardápio de virtudes, ou o atual presidente possui valores que nós não conhecemos? Existe dentro do imaginário popular brasileiro um personagem que se destaque por sua bondade, honestidade ou coragem? O mais próximo que chegamos disso foi o nosso último presidente que foi perseguido, achincalhado e desumanizado por toda classe jornalística e artística. Por isso, o coquetel cultural oferecido a essa população, já ignorante, deixa-a ainda mais ignorante (doente). 

Se a produção literária brasileira não produziu quase nada relevante nos últimos anos e como o nosso povo não possui o hábito da leitura podemos dizer que a produção cinematográfica brasileira influenciou o imaginário do nosso povo da pior forma possível. Se no início dos anos 2000 ninguém (exceto o professor Olavo de Carvalho) previu a catástrofe anunciada nos nossos filmes, os nossos revolucionários, se não conseguiram normalizar certas atitudes e comportamentos, aumentaram e muito a tolerância para com o crime. 

Peguemos como exemplo o filme Cidade de Deus. Esse filme de grande sucesso no cinema nacional, contou com uma crítica ávida por aplaudir qualquer material panfletário da “causa”. Esse filme foi um tapa na cara dos brasileiros, que direcionaram sua atenção para aquelas cenas chocantes, deixando passar muitas mensagens subliminares que surtiram efeitos espantosos. O primeiro efeito disso tudo é o de colocar o espectador dentro daquela realidade retratada e que se torna corriqueira hoje em dia. Praticamente ninguém se escandaliza mais ao ver no dia a dia assassinatos, crianças usando drogas, pessoas recebendo itens roubados ou de origem ilícita. Esse é o novo normal. O filme traz na voz do seu narrador, logo no seu início, uma mensagenzinha que pode passar despercebida e que vem, muito provavelmente, daqueles que plantaram as sementes do caos: “Mas para o governo e os ricos não importava o nosso problema (dos pobres), como eu disse, a cidade de Deus fica muito longe do cartão postal do Rio de Janeiro.” Será que havia uma mente revolucionária por trás desse roteiro? 

Não é novidade para ninguém que o Brasil exerce um papel de destaque no comércio internacional de drogas. Nossas fronteiras são responsáveis por uma imensa parte da logística dos entorpecentes do mundo. Um estudo da Unifesp, em 2012, apontava nosso país em segundo lugar no consumo global da cocaína, perdendo apenas para os Estados Unidos, o país mais rico do globo. Olhando por essa perspectiva os nossos drogados merecem receber um prêmio por esse segundo lugar. Se pararmos pra pensar o Brasil não é o país do futebol, é o país das drogas. 

Mas como não poderíamos receber esse título? Se por um lado as nossas escolas conseguem apenas, e quando muito, formar alunos que no ensino médio sabem desenhar seus nomes completos, por outro nossa produção “cultural” ensina como montar uma boca de fumo. No filme Cidade de Deus há uma aula completa de como uma empresa desse tipo começa, opera, se desenvolve, ganha mercado, escolhe seus executivos, se defende do Estado e prospera. Já reparou que em qualquer cidadezinha do interior do Brasil existe pelo menos uma facção comercializando os seus produtos e faturando muito dinheiro? 

Se nossas escolas têm um índice de evasão imenso, nossa emissora de televisão preferida transmite em TV aberta essa aula de crime travestida de filme. É realmente uma surpresa que ainda não tenha sido apresentado na sessão da tarde, mas do jeito que as coisas andam, isso não demora muito para acontecer. 

A importância do crime organizado para a causa revolucionária é maior do que se pode imaginar. Um negócio que gera bilhões de receita anualmente, destrói famílias, distancia as pessoas do caminho do trabalho, da religião e da prosperidade, exige que o Estado cresça para combatê-lo, torna as pessoas dependentes e manobráveis, corrompe o estado, impera na lei e ainda cria um exército bem armado, pronto para qualquer coisa em cada centímetro quadrado do país, é realmente um instrumento fundamental para a destruição da sociedade e os costumes tradicionais do ocidente. Piotr Stepanovitch estaria orgulhoso. 

Se você quer realmente saber a natureza dos comunistas, leia o manifesto comunista de Marx e Engels ou “O catecismo de um revolucionário” de Sergei Netchaev. Esses são exemplos dos materiais que influenciam os nossos revolucionários, jornalistas, diretores de cinema etc… e que são vendidos a nossa população no atacado, travestidos de filmes, livros, peças de teatro e até jornais. Não se descarta que na história do Brasil houve sim grandes homens, grandes histórias, grandes valores e grandes exemplos, mas isso é conversa para outro artigo.

Entre para nosso canal do Telegram

Assista também:

As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times