União Europeia aprova missão naval no Mar Vermelho

Por Agência de Notícias
20/02/2024 00:35 Atualizado: 20/02/2024 00:35

A União Europeia (UE) aprovou nesta segunda-feira a Operação Áspides, uma missão naval no Mar Vermelho para escoltar e proteger navios mercantes dos ataques dos terroristas houthis do Iêmen.

“Agradeço a decisão de hoje de lançar a Operação Áspides. A Europa garantirá a liberdade de navegação no Mar Vermelho, trabalhando em conjunto com os nossos parceiros internacionais”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma mensagem na rede social X.

A presidente do Executivo comunitário afirmou que a nova missão é “um passo para uma presença europeia mais forte no mar para proteger os nossos interesses europeus”.

A missão será composta por quatro fragatas provenientes de França, Alemanha, Grécia e Itália, que também colaborarão com um patrulhamento aéreo na região, conforme explicaram diversas fontes diplomáticas.

A Grécia também comandará a missão e acolherá seu quartel-general.

A operação terá um mandato puramente defensivo, com o objetivo de escoltar navios mercantes que navegam pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã, Golfo de Aden e Mar Vermelho, e abater quaisquer possíveis mísseis ou drones que os houthis possam lançar contra eles.

No entanto, não atacará preventivamente as posições rebeldes, como fazem os Estados Unidos e o Reino Unido com a missão “Guardião da Prosperidade”.

Desde o último dia 19 de novembro, os houthis lançaram cerca de 30 ataques contra navios mercantes de diferentes países que transitavam pelo Mar Vermelho, pelo Golfo de Aden e pelo Estreito de Bab al Mandeb, alegando que os navios pertenciam a Israel ou se dirigiam para o território israelense.

Nesta segunda-feira, os rebeldes assumiram a autoria de um ataque contra um navio de propriedade britânica e de bandeira do Belize no Golfo de Áden, em frente à costa do Iêmen, que ficou gravemente danificado e corre o risco de afundar, embora a tripulação esteja segura após abandonar a embarcação.

A tensão na região fez com que as principais companhias marítimas do mundo continuassem ajustando suas rotas para evitar a travessia do Mar Vermelho, através do qual passa 8% do comércio mundial de grãos, 12% do comércio de petróleo e 8% do de gás liquefeito natural.