A Rada Suprema (parlamento) ucraniana e o embaixador de Kiev na ONU comemoraram nesta terça-feira o voto da China a favor de uma resolução da que condena a agressão russa contra a Ucrânia.
A votação da resolução, que não foca na guerra entre Rússia e Ucrânia, ocorreu menos de uma semana após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter falado por telefone pela primeira vez com o líder do regime chinês, Xi Jinping, desde o início da invasão russa ao seu país.
“A China votou a favor de uma resolução da ONU que se refere à Rússia como um Estado agressor”, afirmou Iryna Konstankevych, vice-presidente da comissão de informação da Rada Suprema ucraniana, segundo o site do órgão.
Iryna Konstankevych recordou que, além da China, países “considerados amigos da Rússia”, como Brasil, Cazaquistão, Armênia e Índia, também votaram a favor da resolução, que foi promovida por países europeus democráticos e dedicada à cooperação entre a ONU e o Conselho da Europa.
O embaixador da Ucrânia na ONU, Serhiy Kyslytsya, escreveu no Twitter que a Rússia “fracassou” na sua “tentativa de retirar a menção à agressão contra a Ucrânia” de uma resolução contra a qual votaram os aliados tradicionais de Moscou, como Bielorrússia, Nicarágua, Síria e Coreia do Norte.
A resolução se refere aos “desafios sem precedentes que a Europa enfrenta atualmente, após a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia e, anteriormente, contra a Geórgia, e o fim do estatuto de membro da Federação Russa no Conselho da Europa”.
A diplomacia ucraniana tem trabalhado ativamente durante meses para garantir que a China não apoie a Rússia com armas e defenda o princípio da integridade territorial da Ucrânia. A conversa de Zelensky com Xi foi interpretada por Kiev como um sinal positivo nas relações com Pequim.
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