Um porta-voz do Estado-Maior da Coreia do Norte disse, nesta sexta-feira (data local), que o lançamento de um míssil balístico durante a madrugada é “uma contramedida militar” em resposta a “ações provocativas” da Coreia do Sul, cujas tropas, segundo Pyongyang, realizaram exercícios de artilharia ao longo da fronteira nesta quinta-feira.
“De acordo com um relatório sobre movimentos inimigos na linha de frente, o Exército sul-coreano executou fogo de artilharia por cerca de 10 horas perto da zona de defesa avançada do Quinto Corpo do Exército Popular da Coreia (pelotão posicionado em frente à fronteira com o Sul) em 13 de outubro”, afirma o comunicado divulgado pela agência estatal norte-coreana “KCNA”.
“Tomando nota desta ação provocativa do Exército sul-coreano na linha de frente, tomamos fortes contramedidas militares”, acrescenta o texto.
A reação de Pyongyang acontece depois do disparo mais cedo de um míssil balístico de curto alcance no Mar do Japão (chamado de Mar do Leste nas duas Coreias), no que representa o nono lançamento desse tipo nos últimos 20 dias e mais um passo na escalada de tensão na região.
“Enviamos uma severa advertência ao Exército da Coreia do Sul que incita a tensão militar”, completa o comunicado.
O Japão, por sua vez, protestou contra esta situação por via diplomática e disse que as provocações “estão escalando de forma contínua e unilateral”.
“Esta série de atos da Coreia do Norte ameaça a paz e a segurança de nosso país, da região e do mundo, e nunca podemos aceitá-los”, afirmou hoje à imprensa o ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada.
O lançamento de hoje ocorreu apenas uma hora depois que pelo menos 10 aeronaves norte-coreanas realizaram manobras perto da fronteira com o Sul, forçando Seul a enviar caças para uma possível manobra de interceptação, e um dia depois de Pyongyang anunciar que realizou outro lançamento de teste de mísseis de cruzeiro no Mar Amarelo.
A sucessão de testes que Pyongyang vem realizando desde 25 de setembro busca verificar seus sistemas de armas nucleares táticas em resposta a manobras recentes de um porta-aviões dos Estados Unidos nas águas da península coreana.
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