Presidente do Egito diz esperar um acordo de trégua em Gaza nos “próximos dias”

Por Agência de Notícias
28/02/2024 18:41 Atualizado: 28/02/2024 18:41

O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sisi, um dos principais mediadores entre Israel e o Hamas, disse nesta quarta-feira que espera que as partes cheguem “nos próximos dias” a um acordo para uma trégua na Faixa de Gaza.

“Nestes poucos próximos dias, se Deus quiser, chegaremos a um cessar-fogo e deixaremos começar a verdadeira ajuda para a Faixa em todos os âmbitos”, disse o líder egípcio em uma cerimônia dedicada a pessoas com necessidades especiais no Cairo.

Esta é a primeira declaração direta do presidente egípcio em relação às negociações que representantes de Israel e do Hamas estão realizando indiretamente em Doha, com o respaldo de Egito, Catar e Estados Unidos, para chegar a um acordo de trégua, a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e o aumento da ajuda aos civis em Gaza.

Embora não tenha divulgado detalhes sobre o andamento das negociações, Al Sisi disse que o Cairo “continuará a ajudar” e que “espera que a crise causada pela guerra em Gaza tenha um fim rápido”.

“Continuamos e continuaremos a apoiar e ajudar até a criação de um Estado palestino nos territórios de 1967, com capital em Jerusalém Oriental”, enfatizou.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari, disse na terça-feira que as negociações para uma trégua em Gaza continuam em Doha, embora “não haja nada de concreto para anunciar” e “não haja nenhuma evolução”.

No entanto, o otimismo estava presente nas palavras de Al Ansari quando indicou que esperava que “hoje ou amanhã aconteça algo” que possa ser anunciado.

Desde o início da guerra, Israel e o Hamas só chegaram a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.

No dia 7 de outubro, Israel sofreu o pior ataque da sua história, perpetrado pelo Hamas, que causou a morte de cerca de 1.200 pessoas e levou à atual guerra que já deixou quase 30.000 mortos na Faixa de Gaza, a maioria deles mulheres e crianças.