Opinião: democratas perdem com a guerra de memorandos

Schiff confunde o público em seu esforço para refutar o relatório de Nunes

09/03/2018 16:24 Atualizado: 09/03/2018 16:24

Por Tian Yuan, Epoch Times

Em 2 de fevereiro, Devin Nunes (Republicanos – Califórnia), presidente do Comitê Seleto Permanente de Inteligência da Câmara dos Deputados, publicou seu memorando sobre o possível abuso da Lei de Vigilância de inteligência Estrangeira (Fisa, da sigla em inglês) por parte do Departamento de Justiça (DOJ, da sigla em inglês) e do FBI.

Os democratas, liderados por Adam Schiff (Democratas – Califórnia), membro de alto escalão do Comitê, se opuseram veementemente à publicação do memorando de Nunes, qualificando-o como “distorcido”, “enganoso” e “mentiroso”. Incapaz de deter o memorando de Nunes, Schiff escreveu seu próprio memorando como resposta. Depois de uma demorada redação, o memorando de Schiff foi publicado em 24 de fevereiro.

Um dos pontos-chave do memorando de Nunes é a menção de que o FBI e o DOJ usaram o dossiê Steele como evidência essencial para obter uma ordem Fisa contra Carter Page, permitindo ao FBI acesso a qualquer tipo de vigilância eletrônica sobre o colaborador de Trump. A reivindicação no memorando de Nunes foi corroborada por uma carta não classificada de referência criminal enviada pelo presidente do Comitê Judiciário do Senado Chuck Grassley (Republicanos – Iowa) para o DOJ.

Há muitas maneiras de refutar um processo judicial. Por exemplo, pode-se demonstrar que o dossiê não foi usado como prova pelo FBI e pelo DOJ no pedido do mandado de prisão Fisa. Alternativamente, pode-se provar que não era sine qua non no caso, e que havia realmente evidências essenciais e condenatórias.

O memorando de Schiff assumiu a segunda abordagem. Ele confirmou que o FBI e o Departamento de Justiça usaram o dossiê Steele no caso do colaborador Carter Page, mas tentaram minimizar a importância do dossiê. Em vez de ser a evidência “essencial”, argumenta o memorando, o FBI e o DOJ só usaram o arquivo de maneira restrita.

Um dos objetivos do memorando de Schiff era “corrigir a evidência”. Ele falhou. Por um lado, afirmou que o dossiê de Steele foi apresentado como prova essencial perante o Tribunal Fisa, argumento-chave do memorando de Nunes. Não há nenhuma evidência para ser corrigida. Por outro lado, o memorando de Schiff contém muitas informações errôneas. Atacar o memorando de Nunes com mentiras não pode “corrigir a evidência”. Só pode distorcer os fatos e confundir o público.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente o ponto de vista do Epoch Times