OMS cobra transparência da China em investigação sobre primeiros casos

15/07/2021 18:20 Atualizado: 15/07/2021 18:20

Por Agência EFE

O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu nesta quinta-feira(15) que a China informe melhor sobre os primeiros casos de covid-19 no país e lembrou que a origem da pandemia é uma dúvida de “milhões de pessoas que sofreram”.

“Pedimos à China que seja transparente e aberta, que coopere, especialmente, apresentando os dados brutos sobre os primeiros dias da pandemia”, disse o líder da agência, em entrevista coletiva conjunta com o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn.

Tedros, o representante do governo alemão e autoridades chinesas participaram de uma reunião virtual conjunta para falar sobre o tema nesta quinta-feira.

O diretor-geral da OMS garantiu que, após a primeira fase de investigações, que resultou com a visita de especialistas à Wuhan, onde foram diagnosticados os primeiros casos, está sendo planejada a próxima fase.

“Precisamos continuar a investigação para saber o que aconteceu realmente, pois se descobrirmos, poderemos evitar crises similares no futuro”, disse o etíope.

Tedros explicou que “houve muita pressão” para descartar a versão de que a propagação do novo coronavírus começou com um acidente em laboratório, que foi defendida por jornalistas e autoridades do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.

“Para excluí-la, é preciso informações mais completas”, afirmou Tedros durante a coletiva de imprensa.

O diretor-geral da OMS também admitiu que “acidentes de laboratório podem acontecer” e garantiu que ele mesmo, trabalhando no passado com imunologia, passou por esse tipo de situação.

“Revisar o que acontecer é importante. Precisamos de informação direta sobre a situação destas instalações antes da pandemia e no começo dela”, afirmou.

Meses atrás, Tedros se recusou a comentar publicamente a teoria do acidente em laboratório ou o comportamento das autoridades chinesas durante as investigações, que começaram meses depois das primeiras denúncias.

Após a visita de especialistas à Wuhan, no início do ano, foi divulgado um relatório indicando que que a hipótese mais provável era de que a origem do novo coronavírus era a transmissão do ser humano para animais selvagens, ou outras espécies intermediárias.

A investigação inicial também apontava como possibilidade menos provável a origem em laboratório, assim como considerava pouco viável o contágio através de alimentos congelados importados, versão defendida por várias autoridades chinesas.

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