Legalização da maconha não diminuiu tráfico no Uruguai, diz autoridade

12/03/2017 14:55 Atualizado: 12/03/2017 14:55

Legalização da maconha no Uruguai, aprovada em 2013, não afetou em nada o tráfico desta droga, foi o que afirmou o Diretor Nacional de Polícia do Uruguai, Mario Layera na terça-feira (6). Segundo ele, o narcotráfico ainda causou o aumento do número de homicídios.

“No ano passado tivemos os níveis históricos mais altos de confisco no país proveniente de outra região. Por isso, entendemos que o tráfico para o Uruguai não se ressentiu de maneira notável”, explicou Layera para a reportagem da rádio El Espectador, acerca da vigência da lei.

No mês de dezembro de 2016, a Brigada de Narcóticos informou que a maconha foi a droga mais apreendida, alcançando 4,305 toneladas até 18 de dezembro, quando em 2015 havia sido de 2,52 toneladas.

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Layera também afirmou que graças ao contrabando de drogas verificado nos últimos tempos, houve uma elevação “dos níveis de crimes e homicídios”.

Desde 2012 o Uruguai vinha debatendo o projeto do Executivo para a legalização da Maconha. O país sul-americano queria adotar um modelo em que o Estado seria o único responsável pela produção e venda. O objetivo maior era de acabar com o narcotráfico (Arquivo ABr)
Desde 2012, o Uruguai vinha debatendo o projeto do Executivo para a legalização da Maconha. O país sul-americano queria adotar um modelo em que o Estado seria o único responsável pela produção e venda. O objetivo maior era de acabar com o narcotráfico (Arquivo ABr)

“O aumento da taxa criminal, que medimos de 2005 em diante, foi crescendo com base nos fenômenos de oferta e consumo de drogas”, assinalou.

A polícia uruguaia constatou, nos últimos anos, o incremento do número de homicídios, a maioria de homens jovens. Em inúmeras ocorrências, tratava-se de acerto de contas entre traficantes.

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Layera também disse que autoridades foram ameaçadas após a adoção de novos métodos e providências no combate ao crime organizado.

“Várias autoridades do Ministério do Interior foram ameaçadas além de juízes, procuradores e algumas personalidades dos Direitos Humanos”.