Irã e Arábia Saudita no BRICS: Lula destaca importância do grupo após inclusão de 6 membros

Por Agência de Notícias
24/08/2023 12:12 Atualizado: 24/08/2023 12:12

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira que a relevância do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) está confirmada pela entrada de seis novos membros, incluindo a Argentina, nação à qual enviou uma “mensagem especial”.

“A relevância dos BRICS está confirmada pelo crescente interesse demonstrado por outros países em aderir ao grupo”, disse Lula no último dia da XV Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do grupo, em Joanesburgo, na África do Sul, que começou na última terça.

O petista participou de entrevista coletiva conjunta com o presidente de África do Sul, Cyril Ramaphosa, o ditador da China, Xi Jinping; do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, representando o líder Vladimir Putin, na cúpula.

“Como indicou o presidente Ramaphosa, o Brasil dá as boas-vindas aos BRICS a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã”, afirmou Lula.

“Dedico uma mensagem especial ao querido Alberto Fernández, presidente da Argentina e grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento”, acrescentou Lula após Ramaphosa anunciar que os BRICS concordaram a entrada no bloco desses seis países.

“Como os cinco membros dos BRICS, chegamos a um acordo sobre os princípios orientadores, padrões, critérios e procedimentos do processo de expansão dos BRICS”, disse o mandatário sul-africano.

“Decidimos convidar a República da Argentina, a República Árabe do Egito, a República Democrática Federal da Etiópia, a República Islâmica do Irã, o Reino da Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos a tornarem-se membros de pleno direito dos BRICS a partir de 1º de janeiro de 2024”, enfatizou Ramaphosa.

Cerca de 40 países manifestaram seu desejo de aderir a esse clube, segundo o governo sul-africano, que este ano ocupa a presidência rotativa do bloco e recebeu “manifestações formais de interesse” de 23 países, incluindo Argentina, Bolívia, Cuba, Honduras e Venezuela.

A China apoiou especialmente a expansão dos BRICS, que buscam mais peso nas instituições internacionais, até agora dominadas por Estados Unidos e Europa; uma vez que Pequim quer expandir a sua influência na concorrência com Washington.

No caso da Argentina, Lula destacou na terça-feira que “é muito importante que a Argentina esteja nos BRICS”.

O Brasil é o principal parceiro comercial da vizinha Argentina.

Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul se juntou em 2010, acrescentando a letra “s” à sigla.

O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, além de 23% do produto interno bruto (PIB) e 18% do comércio mundial.

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