General dos EUA pede união do Brasil e demais países latino-americanos contra os verdadeiros inimigos da democracia

Por Redação Epoch Times Brasil
25/05/2024 13:39 Atualizado: 25/05/2024 13:39

Enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estreita laços com regimes autoritários, como o da China, muitos observam essa situação com preocupação, incluindo autoridades da comunidade internacional.

A general americana quatro estrelas, Laura Richardson, que esteve no Brasil esta semana para a realização de exercícios militares conjuntos entre a Marinha dos Estados Unidos e a Marinha Brasileira, alertou sobre a necessidade de união para enfrentar as ameaças de governos autocratas.

“Nossos inimigos acordam todos os dias tentando nos substituir, tentando substituir a democracia, mas o time da democracia que estou vendo é muito mais forte que o de nossos inimigos da autocracia”, declarou Richardson.

A fala aconteceu na Cidade do Panamá, durante o encerramento de uma competição de exercícios conjuntos com a presença de militares e forças especiais de cerca de 20 países. Entre eles, Estados Unidos, Peru, Guatemala, México, Colômbia, Honduras e El Salvador. 

“Durante este exercício, vocês competiram entre si, mas trabalharam juntos para que quando nos unirmos durante uma crise, e uma crise vai acontecer, não estaremos nos conhecendo pela primeira vez”, acrescentou.

Em uma entrevista ao jornal Valor Econômico, a general comparou a antiga relação comercial entre Brasil e Estados Unidos com a mais recente relação entre Brasil e China. 

“Número um, são 200 anos [de relações entre EUA e Brasil]. E se você quiser comparar com a China, são 50 anos. O Brasil e os Estados Unidos compartilham 200 anos de relações bilaterais, isso é muito significativo”.

Richardson também criticou a conhecida e perigosa Iniciativa Cinturão e Rota chinesa. 

“O que aprendemos é que a Iniciativa Cinturão e Rota parece muito boa na parte inicial, mas há muitas letras miúdas. E é preciso ler essas letras miúdas para ver todas as condições e como a soberania é retirada ao longo do tempo se os empréstimos não forem pagos, e coisas desse tipo. Minha recomendação para qualquer um que esteja pensando em aderir à Iniciativa Cinturão e Rota é que analise o histórico de desempenho desses países”, alertou a general.

Em outro momento, Richardson ainda compara os investimentos dos EUA na região em relação à iniciativa chinesa. “O que a qualidade e o investimento dos EUA trazem? Transparência, medidas anticorrupção, padrões ambientais, padrões trabalhistas, diversificação da força de trabalho, funcionários dos países com cargos mais altos. Enquanto a Iniciativa Cinturão e Rota traz seus próprios trabalhadores e não investe na comunidade.”