Foro de São Paulo se reúne para avaliar mudanças de governo na América Latina

Por Agência Efe e Renato Pernambucano
19/11/2022 09:53 Atualizado: 19/11/2022 09:53

O Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo avaliará os cenários internacionais relacionados a conflitos, mudanças de governos na América Latina e atual situação de pobreza em uma reunião em Caracas, que acontecerá até sábado, com a participação de representantes de partidos de esquerda de 22 países, segundo informou na sexta-feira (18) o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Nestes dois dias, segundo a fonte, serão abordadas a “mudança do equilíbrio de poder após a chegada dos governos progressistas” na América Latina, o combate à pobreza e às desigualdades sociais, “a guerra na Ucrânia”, seu impacto na economia mundial e o “bloqueio econômico e financeiro imposto a Cuba, Venezuela e Nicarágua”.

Durante o encontro, que acontece na sede da Universidade Internacional de Comunicação (Lauicom), o grupo também buscará “gerar um conjunto de ações concretas para continuar aprofundando as lutas pelos direitos e reivindicações dos povos do mundo, e enfrentar o imperialismo americano”.

Participam do encontro representantes de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Palestina, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Itália, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico. República Dominicana e Uruguai.

O primeiro vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, destacou que esta reunião, que considerou um “espaço próprio dos povos e movimentos sociais do mundo”, contará também com “delegados de países que têm governos de extrema-direita”.

Em sua conta no Twitter, o ditador Nicolás Maduro expressou que este fórum “representa a esperança e a maior trincheira de luta das forças, movimentos, grupos e partidos políticos da América Latina, do Caribe e do mundo”.

O que é o Foro de São Paulo e seus riscos para o Brasil

Lula fundou junto a Fidel Castro, falecido ditador de Cuba, o Foro de São Paulo. A organização, criada no início da década de 1990, congregou os principais partidos políticos de esquerda do continente, agentes criminosos e movimentos sociais. O presidente eleito no Brasil já creditou ao Foro parte do êxito de líderes socialistas na América Latina. Maduro, e seu antecessor à frente da Venezuela, Hugo Chávez, agora falecido, são membros históricos da organização.

O interesse estrangeiro na disputa eleitoral brasileira de 2022 e a atuação do Foro de São Paulo no continente foi tratada pelo Epoch Times e o canal NTD no recente documentário “As Eleições do Fim do Mundo”, disponível abaixo:

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