Carolina Ribera, filha da ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez, pediu nesta segunda-feira (10) ao novo titular da Defensoria Pública, Pedro Callisaya, que “revise o expediente” de sua mãe para que esta tenha restituídos seus direitos e garantias constitucionais como ex-governante do país.
Ribera teve hoje uma reunião privada com Callisaya sobre as condições de detenção de sua mãe, que está presa desde março de 2021 em uma prisão na cidade de La Paz, por conta de incidentes ocorridos durante a crise de 2019.
“Eu expus toda a violação dos direitos humanos da minha mãe, incluindo especialmente o direito de ter um julgamento de responsabilidades, porque ela está sendo julgada por meios criminais, sendo que a ela corresponde um julgamento de responsabilidades como ex-presidente”, declarou Ribera à imprensa local ao deixar a reunião.
“Tenho esperança como filha de que minha mãe possa se defender em liberdade e foi o que disse ao defensor, que se possa restituir todos os seus direitos fundamentais e garantias constitucionais”, acrescentou.
Da mesma forma, a filha de Áñez agradeceu ao defensor pela “predisposição” para se reunir com ela e a defesa da ex-presidente e destacou que Callisaya prometeu acompanhar o caso de sua mãe.
Ribera também reiterou que continuará recorrendo “a todas as instâncias necessárias em busca de justiça e liberdade” para Áñez.
Por sua vez, a Defensoria Pública escreveu em sua conta no Twitter que, no “quadro de atendimento às demandas dos cidadãos”, Callisaya reuniu-se com Carolina Ribera.
No último mês de junho, Áñez foi condenada a 10 anos de prisão pelo caso conhecido como “Golpe de Estado II”, por conta da forma como assumiu a presidência interina em 2019 após a renúncia de Evo Morales, seu vice-presidente e outras autoridades na linha de sucessão.
Este processo derivou do caso “Golpe de Estado I” no qual é acusada de terrorismo devido à crise de 2019.
A situação da ex-presidente, desde que foi presa em 2021, gerou rechaço, críticas e questionamentos de várias organizações nacionais e internacionais que consideraram que Áñez deveria ser alvo de um julgamento de responsabilidades e não processada por canais comuns.
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