Espanha nega ter vendido armas para Israel depois de 7 de outubro

Por Agência de Notícias
13/02/2024 14:42 Atualizado: 13/02/2024 14:42

O governo da Espanha negou nesta terça-feira que tenha continuado a vender armas a Israel, como apontam alguns meios de comunicação, e garantiu que desde 7 de outubro de 2023, dia do ataque do Hamas que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, não houve qualquer autorização para operações de venda.

O Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação espanhol manifestou-se assim em resposta à informação publicada pelos jornais El Diário e Público, segundo os quais a Espanha vendeu armas a Israel em plena guerra de Gaza apesar de ter anunciado a suspensão das exportações.

“Diante das informações que apareceram em alguns meios de comunicação, o Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação informa que desde 7 de outubro de 2023 não foram autorizadas quaisquer operações de venda de armas a Israel”, garante o comunicado.

A informação publicada levou grupos como Sumar – parceiro do governo – e Esquerda Unida a exigir que a pasta de Exteriores espanhola cancelasse imediatamente qualquer licença de venda de armas a Israel que ainda esteja pendente.

Por sua vez, os independentistas catalães da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) solicitaram a presença do ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, para dar explicações sobre a alegada venda de material bélico a Israel, ao mesmo tempo que formularam várias questões ao governo sobre esta matéria para que lhes responda por escrito.

O governo presidido pelo socialista Pedro Sánchez defende que a melhor garantia para a paz no Oriente Médio é o reconhecimento do Estado palestino, segundo destacou o próprio Albares no Parlamento espanhol em dezembro, e exige o cumprimento do direito humanitário internacional na guerra de Gaza, ao mesmo tempo em que condena o ataque terrorista do Hamas em território israelense.

A guerra começou depois de um ataque do Hamas a Israel, no qual morreram 1.200 pessoas e mais de 200 foram feitas reféns, a que se seguiu uma ofensiva israelense em Gaza que já deixou mais de 28 mil mortos no enclave palestino.