As equipes de busca e resgate que procuram o veículo submersível desaparecido com cinco pessoas a bordo no Oceano Atlântico, a caminho dos destroços do Titanic, desconhecem a origem dos sons detectados nas últimas horas, que deram esperança de encontrar os tripulantes com vida.
“Não posso dizer de onde vêm os sons, o que posso dizer é que estamos procurando o local onde os ruídos ocorreram”, explicou o capitão da Guarda Costeira dos EUA, Jamie Frederick, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
De acordo com Frederick, um avião canadense de patrulha marítima P3 detectou sons na terça-feira e nesta manhã. Assim que esses sons foram detectados, os socorristas deslocaram as operações dos veículos ROV, drones subaquáticos operados remotamente fornecidos pela França, para a área onde os sons foram ouvidos para explorar a sua origem.
Embora as buscas tenham dado resultados negativos até agora, os ROVs continuam a explorar a área, disse Frederick.
Carl Hartsfield, representante da Woods Hole Oceanographic Institution, descreveu os ruídos como “sons de batidas”.
Na mesma entrevista coletiva, Hartsfield disse que o oceano é um local “muito complexo”, com sons humanos e da natureza, o que dificulta muito discernir a origem dos ruídos, mas destacou que as equipes de busca têm “múltiplos sensores” e que a informação está sendo enviada para “os melhores do mundo”, pessoas que analisam os dados, que por sua vez enviam os resultados da sua análise aos responsáveis pela operação para que tomem decisões.
As buscas estão sendo feitas em uma área que tem o dobro do tamanho do estado de Connecticut (EUA), com 13.023 quilômetros quadrados, e cerca de 4 quilómetros de largura.
O capitão da Guarda Costeira detalhou que as equipes expandiram a área de busca “exponencialmente” e que esta está sendo ampliada “a cada hora”.
As operações ocorrem a 1.448 quilômetros de Cape Cod (Massachusetts, EUA) e a cerca de 644 quilômetros de St John’s, Newfoundland (Canadá).
Essas tarefas envolvem efetivos e recursos dos EUA, Canadá, França e Reino Unido, incluindo aviões, navios e drones submarinos. Frederick acrescentou que mais ajuda está a caminho.
Na terça-feira, o capitão da Guarda Costeira disse que o submersível só tinha 40 horas de oxigênio, motivo pelo qual as equipes trabalham contra o relógio, e na quarta-feira acrescentou que a tripulação tem “rações limitadas” de comida.
Ele enfatizou que “esta é uma missão 100% de busca e salvamento” para encontrar e resgatar os cinco tripulantes do submersível Titan, que desapareceu nas águas do Atlântico no domingo passado.
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