Ditador da Venezuela diz que país está “em união nacional” para recuperar área disputada com a Guiana

Por Agência de Notícias
25/11/2023 16:40 Atualizado: 27/11/2023 13:14

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira (24) que todos os setores do país estão em “união nacional” para conseguir a recuperação de Essequibo, um território de quase 160 mil quilômetros quadrados disputado com a Guiana desde a época colonial.

“Estamos em união nacional para a recuperação da Guiana Essequibo, para acabar com os abusos da ExxonMobil, para acabar com os abusos do presidente da Guiana, um fantoche da ExxonMobil, um fantoche provocador (…) estamos em uma batalha permanente”, declarou Maduro durante a inauguração de uma obra no estado costeiro de La Guaira.

Em seu discurso, transmitido pela emissora estatal VTV, Maduro reiterou que nenhum país “pode chantagear” a Venezuela e que a nação caribenha continuará a defender seu território.

Mais cedo, em conversa telefônica com participantes de uma reunião a favor do referendo não vinculativo de 3 de dezembro sobre a disputa territorial, Maduro reiterou que essa consulta pública, rejeitada pela Guiana, representa “o maior ato de paz” de sua nação.

“Estou muito feliz por ver a Venezuela renascer e florescer em sua união nacional. Eles se aproveitaram da divisão do século XIX, de que não tínhamos Estado, de que não tínhamos força militar. Eles também se aproveitaram do século XX. Mas o século XXI é muito diferente, estamos unidos, temos uma consciência, uma força militar, um Estado e um povo”, enfatizou.

Ele também conclamou os venezuelanos a “invocar a paz para a Venezuela” e a votar nesse referendo “unidos como uma família”.

Mais cedo, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse que a disputa com a Guiana “não é uma guerra armada, por enquanto”, e convocou os venezuelanos a votarem no referendo de 3 de dezembro.

Enquanto isso, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, disse na quinta-feira que representantes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos visitarão o país na próxima semana como parte da cooperação que Georgetown está explorando com seus aliados para se preparar para qualquer eventualidade na disputa com a Venezuela.

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