Cresce na Argentina tendência contra aborto

Mais e mais pessoas no país estão se unindo contra a prática denunciada como "a morte de um ser inocente"

27/03/2019 16:29 Atualizado: 27/03/2019 16:29

Por Anastasia Gubin, Epoch Times

Sob o slogan “O aborto não é legal, é letal”, a “Marcha pela Vida” contra o aborto legalizado teve uma participação massiva dos cidadãos nas ruas de Buenos Aires e pelo menos 200 cidades do país neste sábado, antecipando o Festival de 25 de março, data em que comemora-se o “dia do feto”.

As imagens revelam que mais e mais pessoas no país estão se unindo contra a prática denunciada como “a morte de um ser inocente”.

Adornado com “lenços azuis”, o público argentino manifestou-se contra o projeto de lei que busca a legalização do aborto e a “revogação imediata” do Protocolo para o Atendimento Integral das Pessoas com Direito à Interrupção Legal da Gravidez, informou a mídia Puntal.

“Não ao aborto, diz toda gente. Sim à vida, senhor presidente”, gritavam nas ruas.

Desde quando matar os seres humanos mais vulneráveis se tornou a melhor opção? Ninguém deveria poder decidir sobre a morte de outro ser humano. Não podemos permitir que o Estado decida. Muito menos que decida de acordo com “o que pede determinado grupo”, disse a ex-vice Cynthia Hotton, que participou da mobilização.

A ex-parlamentar salientou que o que se busca são “políticas públicas que protejam os direitos de mulheres e de crianças que vão nascer”. Previnam o aborto clandestino e ilegal, em vez de promovê-lo. Extensas melhorias para a ESI, sistemas de adoção e assistência à maternidade vulnerável”, na seguinte mensagem do Twitter.

O grupo Jovens Pró Vida e a Associação Salvemos as Duas Vidas se reuniram na Plaza Italia acompanhados de um caminhão e um trailer no qual carregavam uma boneca gigante representando um feto que foi batizado de “Alma”. De lá eles caminharam em direção à Faculdade de Direito da UBA.

A Constituição e o Código Civil e Penal da Argentina afirmam que “a vida começa no momento da concepção”, então o movimento Pró-Vida em um comunicado exigiu a elaboração de políticas públicas abrangentes para “acompanhar as mulheres em situação de vulnerabilidade e a promoção e o desenvolvimento da infância em risco”, relatou a mídia argentina.

O líder do grupo Mais Vida, Ayelén Alancay, durante um discurso no evento, convocou as pessoas a denunciar os locais onde são feitos abortos clandestinos, relatou a mídia It9. A organização tem um serviço que recebe denúncias anônimas.

“Nos enche de alegria e esperança ver a Argentina mobilizada na defesa de todas as vidas. O protocolo do aborto é um erro e, a cada dia, mais e mais vidas são cobradas. Nós, argentinos, queremos viver, não queremos o aborto. Não importa se você nasceu de uma gravidez planejada ou inesperada, você tem o direito de viver”, disse o líder, segundo It9.