Comandante do Exército busca estreitar relações militares com a China

06/05/2024 17:33 Atualizado: 06/05/2024 17:33

O general Tomás Paiva, comandante do Exército, fará uma viagem oficial à China para estreitar relações com o país asiático em visita agendada pelo Ministro da Defesa, José Múcio, e deve ocorrer entre os dias 4 e 14 de Julho, de acordo com Diário Oficial da União.

O anúncio foi publicado após a compra do Exército de 36 blindados de combate obuseiros da israelense Elbit System no valor de mais de 1 bilhão de reais. A empresa de Israel ganhou a licitação da chinesa Norinco, o que não agradou o governo comunista da China.

O governo brasileiro, devido a desentendimentos políticos que levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ser persona non grata em Israel, afirmou que a compra só ocorreria de fato após análises políticas do Palácio do Planalto e do Itamaraty, um ato que pode ser considerado como um apoio a atitude beligerante da China em não aceitar perder espaço para Israel 

De acordo com a CNN, setores do PT queriam que a chinesa Norinco vencesse a licitação já que desde o início de 2023, a China tem estreitado relações com o Brasil numa tentativa de manter sua influência espalhada pelo mundo.

Pequim, sede do Partido Comunista Chines, receberá o general comandante do exército que deverá se encontrar com o chefe do Exército chinês na cidade para conversar a respeito de temas cibernéticos e sobre a aquisição de veículos blindados e munições pesadas.

A visita é um plano de se aproximar militarmente de países como, Rússia, Índia, China, África do Sul, que compõem o bloco do BRICS.

Em 2023, o governo brasileiro participou de conversas com os chineses para fabricação de equipamentos bélicos na China. A aproximação com a China não ocorre apenas no setor militar, mas também em outras áreas.

Essa aproximação tem causado críticas já que o país é conhecido internacionalmente devido ao desrespeito com os direitos humanos de liberdade e consciência e por colonizar países na África através da dependência econômica do PCCh.

De acordo com Luiz Augusto de Castro Neves,presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e o maior investidor em termos de fluxo de dinheiro.

Essa situação pode deixar o país nas mãos do PCCh, já que o Brasil se tornaria totalmente dependente da China. Política que durante a pandemia de COVID-19 o país asiático aplicou já que detinha grande parte da produção de insumos para vacinas e equipamentos de segurança como máscaras, o que causou uma ruptura entre a parceria econômica dos Estados Unidos e do PCCh.