Chefe do grupo mercenário Wagner rejeita ordem de Putin para assinar contrato com Ministério da Defesa

Por Agência de Notícias
14/06/2023 16:03 Atualizado: 14/06/2023 16:03

O chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, reiterou nesta quarta-feira a recusa de seus combatentes em assinar um contrato com o Ministério da Defesa russo depois que o líder da Rússia, Vladimir Putin, insistiu na necessidade de dar cobertura legal aos benefícios sociais para todos aqueles que lutam na Ucrânia.

“Quando a pátria estava com problemas, quando a ajuda de Wagner era necessária e todos nós saímos para defendê-la, o presidente nos prometeu todas as garantias sociais”, disse ele em seu canal no Telegram.

“Eu tenho 20 mil mortos, eles também deveriam assinar um contrato com o Ministério da Defesa?”, se questionou Prigozhin, sarcasticamente.

Ele destacou que, quando os mercenários começaram a participar na guerra, “ninguém disse que seríamos obrigados a assinar acordos com o Ministério da Defesa”.

Prigozhin, que já havia dito no fim de semana que não assinaria acordo para se subordinar à Defesa, reiterou que “nenhum dos combatentes de Wagner está pronto para enveredar novamente pelo caminho da vergonha. E por isso ninguém vai assinar contratos”.

Ele enfatizou que, em termos de garantias sociais, a Câmara dos Deputados e Putin “encontrarão uma solução de compromisso” para o grupo.

“Pelo que sei, o Ministério da Defesa está fechando contratos com todos que desejam continuar servindo na zona de operações militares especiais. Esta é a única forma de assegurar as garantias sociais”, disse Putin, ontem, durante uma reunião com correspondentes e blogueiros militares.

O grupo Wagner não é legal na Rússia, mas o Kremlin permite que ele opere fora de seu território.

O presidente do Comitê de Defesa da Câmara Baixa, Andrey Kartapolov, afirmou ontem que estão sendo preparadas propostas para determinar o status legal da empresa militar privada.

Ele explicou que “não estamos falando de legalização, estamos falando de determinar sua forma jurídica de acordo com nossa legislação”.

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