Chefe da Guarda Revolucionária iraniana promete enterrar Israel em Gaza

Por Agência de Notícias
05/04/2024 17:34 Atualizado: 05/04/2024 17:34

O comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami, afirmou nesta sexta-feira que Israel será enterrado na Faixa de Gaza, em meio a tensões pela morte de sete membros deste corpo militar de elite em Damasco.

“A mensagem da Resistência é que enterraremos o regime sionista (Israel) em Gaza”, disse o general durante um discurso por ocasião do Dia de Al Quds (Jerusalém) a favor da libertação da Palestina.

O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal liderada por Teerã, profundamente anti-Israel e composta por organizações terroristas como o Hezbollah, os rebeldes houthis e o Hamas, entre outros grupos.

“Advertimos que nenhuma ação de qualquer inimigo contra o sistema sagrado da República Islâmica ficará sem resposta”, advertiu Salami, em uma aparente referência à morte dos membros da Guarda Revolucionária no ataque ao consulado iraniano em Damasco, que o Irã atribuiu a Israel.

“A arte da nação iraniana é quebrar o poder dos impérios e demonstrar a verdade da fé contra a invalidez da descrença e do politeísmo”, acrescentou.

O militar garantiu ainda que “nenhuma potência hegemônica pode atingir o Irã”, em uma aparente alusão aos Estados Unidos.

Coincidindo com o Dia de Al Quds, em que centenas de milhares de iranianos marcharam pelas ruas do país, foi realizado em Teerã o funeral dos sete membros da Guarda Revolucionária que morreram no ataque ao consulado iraniano em Damasco.

Entre os mortos no ataque estavam o principal oficial da Força Quds na Síria e no Líbano, o brigadeiro-general Mohamed Reza Zahedi, e o seu braço-direito, o brigadeiro-general Mohamed Hadi Haj Rahimi.

Além disso, cinco outros oficiais do corpo militar de elite e seis cidadãos sírios foram mortos no ataque.

Trata-se do pior golpe contra o corpo militar de elite iraniano após a morte de Qasem Soleimani, um general iraniano que chefiou a Força Quds da Guarda Revolucionária até ser morto pelos EUA em um bombardeio no Iraque em 2020.