Ativistas escalam ponte de Sydney em protesto contra mudança climática

Assunto é um dos principais tópicos de debate antes das eleições do próximo sábado na Austrália

14/05/2019 18:57 Atualizado: 14/05/2019 18:57

Por Agência EFE

Ativistas do Greenpeace escalaram nesta terça-feira (data local) a ponte Sydney Harbour, em uma ação para exigir que o governo da Austrália declare situação de emergência pela mudança climática e que terminou com 13 detidos.

Antes do amanhecer, três alpinistas da organização se penduraram na emblemática ponte carregando diversas placas, enquanto em terra estavam acompanhados por um grupo de pessoas que foram afetadas por desastres causados pela mudança climática.

“O prejuízo climático está acontecendo agora, a Austrália está enfrentando uma emergência climática agora. Nossos líderes políticos têm que ouvir aqueles que já foram afetados pelo desastre climático e agir”, disse o diretor do Greenpeace Austrália, David Ritter.

A ONG enfatizou que a queima do carvão é a principal causa das mudanças climáticas na Austrália e lamentou que os políticos do país não tenham planos de abandonar seu uso, apesar do impacto sobre a população das zonas rurais e do interior.

Entre os participantes do protesto estavam moradores da cidade de Townsville, no nordeste australiano, que no início do ano foi afetada pelas piores inundações em décadas.

“Nós vivemos em Townsville há mais de 20 anos e vivenciamos muitas inundações. Mas como a deste ano, nunca vimos”, disse uma das participantes do protesto, Amelia Rankin.

A polícia do estado de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, afirmou através de um comunicado que tinha detido 13 pessoas, incluindo três alpinistas profissionais que estavam amarrados com suas cordas sob a ponte, em uma operação por mar e terra que durou mais de três horas.

A mudança climática é um dos principais tópicos de debate antes das eleições do próximo sábado na Austrália, cujo governo foi processado ontem, diante da ONU, por um grupo de indígenas que acredita que sua inação viola seus direitos humanos básicos.