Após alegações de que pode ter sido drogado, Castillo se recusa a passar por exames toxicológicos

Por agência efe e renato pernambucano
12/12/2022 15:44 Atualizado: 12/12/2022 15:44

O agora ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, recusou-se a submeter-se aos exames médicos solicitados pelo Ministério Público, enquanto permanece detido em uma prisão de Lima acusado de rebelião por ter ordenado o fechamento do Congresso e a instauração de um governo de emergência, segundo informou neste domingo uma fonte oficial.

O presidente do Instituto de Medicina Legal, Francisco Brizuela, disse à emissora de rádio “RPP Notícias” que Castillo “se recusou a passar pelo exame psicológico e psiquiátrico” e desmentiu as versões difundidas por partidários do ex-presidente de que os médicos foram “disfarçados” para surpreendê-lo.

Brizuela explicou que os médicos que se dirigiram ao presídio da Diretoria de Operações Especiais da Polícia para examinar Castillo foram devidamente identificados e acompanhados por um representante do Ministério Público.

O presidente do IML peruano disse ainda que no primeiro dia da detenção de Castillo, na última quarta-feira, “foi realizado um exame de integridade física” e o ex-governante “recusou-se a ser examinado por três médicos”, mas com a medição da pressão e outros exames “constatou-se que estava bem de saúde”.

A autoridade confirmou que Castillo “não autorizou a coleta de amostras de sangue e urina”, com as quais poderiam ser identificadas possíveis substâncias psicotrópicas para identificar os diferentes tipos de substâncias que poderia ter ingerido nas horas anteriores à sua prisão.

As avaliações ordenadas pelo Ministério Público respondem às versões de colaboradores, advogados e familiares de Castillo que afirmaram nas últimas horas que o ex-presidente poderia ter ingerido alguma substância ou que não estava bem de saúde no momento da leitura da mensagem na qual ordenava o fechamento do Congresso.

O legislador Guillermo Bermejo, visitou Castillo em seu centro de detenção e publicou uma suposta carta assinada pelo ex-governante afirmando que um grupo de médicos “disfarçados” o obrigou a colher uma amostra sem seu consentimento, mas que ele se recusou e atribuiu o “plano maquiavélico”  a várias autoridades, entre elas a atual presidente, Dina Boluarte.

 

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