Lula recebe o argentino Alberto Fernández pela quarta vez desde janeiro

Por Agência de Notícias
26/06/2023 17:30 Atualizado: 26/06/2023 17:30

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira em Brasília seu homólogo da Argentina, Alberto Fernández, que realiza hoje sua quarta visita ao país neste ano.

Neste caso, trata-se de uma visita de Estado enquadrada no bicentenário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, que será celebrado em agosto, mas que ocorre em um contexto de problemas crescentes para o governo argentino.

Fernández foi recebido por Lula no Palácio do Planalto com todas as honras e iniciaram um encontro privado, ao qual se juntarão posteriormente ministros de ambos os governos.

Em seguida, Lula oferecerá um almoço à delegação argentina no Palácio do Itamaraty e Fernández será posteriormente recebido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A agenda do presidente argentino será encerrada com uma visita à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), onde se reunirá com a presidente da Corte, Rosa Weber, após o que retornará a Buenos Aires.

Segundo fontes oficiais, serão discutidas fórmulas para destravar o comércio bilateral, afetado pela falta de dólares na Argentina, e outros projetos conjuntos, como o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para parte das obras do gasoduto de Vaca Muerta, jazida de hidrocarbonetos localizada no sul do país vizinho.

Fernández enfrenta a reta final de seu mandato com uma inflação acima de 100% ao ano, escassez aguda de divisas e dificuldades para renegociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lula defendeu a Argentina em vários fóruns e inclusive perante o BRICS (formado por Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China), quando tentou, sem sucesso, convencer o grupo a abrir uma linha de crédito em favor do país vizinho por meio de seu banco.

A Argentina vai às urnas no próximo mês de outubro e o peronismo liderado por Fernández já chegou a um consenso e antecipou que seu candidato presidencial será Sergio Massa, ministro da Economia e principal responsável por enfrentar a grave crise financeira no país.

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