Trump reitera que não há argumentos para impedi-lo de disputar eleição

Por Agência de Notícias
09/02/2024 11:59 Atualizado: 09/02/2024 11:59

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse nesta quinta-feira que não há “um caso” sequer contra ele para inabilitá-lo nas eleições gerais de novembro próximo e que se trata mais de uma “interferência eleitoral dos democratas”.

Em uma breve entrevista coletiva do lado de fora de sua residência em Mar-a-Lago, no sul da Flórida, o ex-presidente (no período 2017-2021) se pronunciou após o fim da audiência na Suprema Corte dos EUA que determinará se ele está inabilitado para retornar à Casa Branca por causa de seu papel no ataque ao Capitólio em janeiro de 2021.

“Não foi uma insurreição”, disse Trump, além de alegar que não havia armas de fogo entre os manifestantes que entraram no Capitólio, uma afirmação que contrasta com as “armas perigosas e mortais” que, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, ao menos 116 pessoas acusadas de envolvimento no ataque portavam.

O ex-presidente enalteceu sua forte posição nas pesquisas, tanto nas primárias do Partido Republicano como em um eventual confronto direto com o presidente dos EUA, Joe Biden, que busca a reeleição.

“O fato de você estar liderando em todas as disputas, de estar liderando em todos os estados, de estar liderando no país contra republicanos, democratas e Biden. Você está liderando no país por muito. E você pode pegar a pessoa que está liderando em todos os lugares e dizer: ‘Ei, não vamos deixar você concorrer? Sabe, acho que isso é muito difícil de fazer”, declarou.

“Mas deixo isso nas mãos da Suprema Corte”, acrescentou.

Para os jornalistas, Trump expressou confiança na mais alta instância judicial dos EUA, assim como no presidente da Suprema Corte, John Roberts, e destacou que os argumentos de sua defesa são “fortes”.

O ex-presidente também defendeu a imunidade presidencial, um dos argumentos de seus advogados, e disse que ela é “imperativa”.

“Se um presidente não tem imunidade, ele realmente não tem a presidência”, argumentou.

Na audiência de hoje, tanto os juízes mais progressistas quanto os mais conservadores – incluindo Roberts – mostraram-se cautelosos com as implicações nacionais se for validada a decisão do estado do Colorado de retirar Trump das primárias republicanas por seu papel no ataque ao Capitólio.

Muitos deles sugeriram em seus discursos desconforto com a ideia de estados individuais interpretarem a elegibilidade constitucional de um candidato para um cargo nacional.