O bilionário Bill Gates, descartou a possibilidade das pessoas realizarem mudanças significativas em seu estilo de vida, como desistir de comer carne e se tornarem vegetarianos para combater os supostos efeitos da mudança climática.
“Acho que não podemos contar com pessoas vivendo com um padrão de vida reduzido como solução para a mudança climática”, disse Gates em um evento na Índia em 1º de março. “Sabe, o consumo de carne na Índia será menor… Isso é maravilhoso. Todos os indianos se tornarão vegetarianos? Todos os americanos se tornarão vegetarianos? Eu não ia querer contar com isso. Qualquer um que queira pregar isso é bem-vindo. Não vou resistir de forma alguma.”
Gates já havia pressionado os países ricos a adotar carne 100% sintética, feita de proteínas vegetais como feijão ou ervilha, carboidratos como o amido de batata, gorduras como óleo de canola ou coco, minerais, aromas e sabores artificiais.
Em uma interação online no Reddit em janeiro, Gates pressionou a favor da adoção generalizada de produtos de carne à base de plantas.
“Para as pessoas que querem se tornar veganas, isso é ótimo, mas não acho que a maioria das pessoas fará isso. Existem empresas fazendo ‘carne’ de novas maneiras e pessoas trabalhando para continuar usando vacas, mas reduzindo as emissões de metano”, escreveu ele .
“Apoiei vários inovadores neste espaço, incluindo [as empresas de carne vegana] Beyond e Impossible, e [a empresa de carne artificial] Memphis. Acho que, em algum ponto, esses produtos serão muito bons, embora sua participação seja pequena hoje.”
O esforço de Gates para reduzir o consumo de carne e usar alternativas à base de plantas ocorre enquanto ele está ocupado comprando terras agrícolas nos Estados Unidos.
De acordo com uma carta de julho de 2022 enviada pelo deputado Dusty Johnson (RS.D.) buscando o testemunho de Gates sobre suas compras de fazendas, o fundador da Microsoft é o “maior proprietário privado de terras agrícolas” nos Estados Unidos, possuindo mais de 270.000 acres de terras agrícolas, em 19 estados americanos.
Consumo de energia
No evento da Índia, Gates também falou sobre o consumo de energia. Ele apontou que, se os governos estiverem dispostos a implementar leis rígidas, podem simplesmente banir o ar-condicionado, o que seria “bom para o clima”. No entanto, ele admitiu que isso não acontecerá, pois um clima mais quente continuará aumentando a demanda por resfriamento.
“Mas à medida que a Índia fica cada vez mais quente, aposto que a demanda por ar condicionado vai disparar. O país que tem mais ar condicionado, de longe, são os Estados Unidos. Nem a Europa tem o que nós temos. E assim, à medida que fica mais quente, você exige mais eletricidade, que se não for verde, entra em um ciclo de feedback positivo”, disse ele.
Gates também apontou que a maior parte da demanda por mais energia, cimento e aço vem de países de renda média como a Índia, “onde mesmo se você parar em, digamos, um quarto da intensidade energética americana, a mudança climática é muito, muito dramática.”
O cofundador da Microsoft também sugeriu que mesmo quando os Estados Unidos usam “metade da energia por pessoa”, seria “injusto” pedir à Índia para manter o consumo em seu nível atual.
De acordo com o Our World in Data, o uso de energia por pessoa nos Estados Unidos foi de 76.634 quilowatts-hora em 2021, quase 11 vezes o consumo de energia da Índia de 6.992 quilowatts-hora per capita.
Agenda de Mudanças Climáticas
No ano passado, Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace, afirmou que a mudança climática é baseada em falsas narrativas.
Em um e-mail obtido pelo Epoch Times , Moore, que deixou a organização em 1986, disse que o Greenpeace foi “sequestrado” pela esquerda política ao tomar conhecimento do dinheiro e do poder envolvidos no movimento ambientalista.
“O movimento ‘ambiental’ tornou-se mais um movimento político do que ambientalista”, afirmou Moore. “Eles estão focados principalmente em criar narrativas, histórias, que são feitas especialmente para instilar medo e culpa no público, para que o público lhes envie dinheiro.”
Em junho do ano passado, a fundação independente Climate Intelligence (CLINTEL) recebeu assinaturas de mais de 1.100 cientistas e profissionais de todo o mundo para sua Declaração Mundial do Clima (WCD), afirmando que não há emergência climática.
Em entrevista ao Epoch Times , Marcel Crok, o fundador da CLINTEL, disse que mesmo que se aceite que o dióxido de carbono é o principal motor das atuais mudanças climáticas, ainda não há uma “emergência climática”.
“Afirmamos simplesmente que todas as evidências até agora indicam que o aumento do CO2 e o aumento da temperatura não [são] prejudiciais para nós ou para a natureza e, portanto, a histeria climática em torno do tópico é totalmente injustificada [e] que a ‘cura’— livrar-se dos combustíveis fósseis o mais rápido possível e substituí-los por renováveis - provavelmente será pior do que a ‘doença’ [mudança climática].”
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