Agentes da CIA pagos para mudar sua posição sobre as origens da COVID-19: denunciante

Por Zachary Stieber
13/09/2023 17:51 Atualizado: 13/09/2023 17:51

Seis agentes da CIA foram pagos para mudar a sua posição sobre as origens da COVID-19, de acordo com o testemunho de um novo denunciante.

Um oficial sênior da CIA – atualmente em exercício – disse ao subcomitê para a pandemia do Coronavírus da câmara de representantes dos Estados Unidos, que funciona como a nossa câmara dos deputados, o que ocorreu antes da agencia falar ao público sobre a origem do vírus: 

Uma equipe da CIA composta por sete membros analisou a questão. seis deles acreditavam que havia evidências suficientes para afirmar, com pouca confiança, que o vírus havia vindo de um laboratório em Wuhan, na China, onde surgiram os primeiros casos de COVID-19. O sétimo membro da equipe, o mais sênior, achava que a COVID-19 tinha vindo de animais. 

Os parlamentares republicanos Brad Wenstrup, presidente desse subcomitê do congresso e Mike Turner, presidente do comitê de inteligência da câmara, enviaram uma carta ao diretor da CIA, William Burns, onde se lia: 

“O denunciante afirma ainda que, para chegar à determinação pública de incerteza, os outros seis membros receberam um incentivo monetário significativo para mudarem de posição.”

Mais precisamente: eles foram pagos para mudar de opinião.

A carta continua com o seguinte: “Estas alegações, provenientes de uma fonte aparentemente credível, exigem que os Comités realizem uma supervisão mais aprofundada sobre a forma como a CIA conduziu a sua investigação interna sobre as origens da COVID-19”. 

Foi solicitado à CIA que fornecesse todos os documentos da equipe que analisou as origens do vírus, incluindo comunicações internas entre os membros a respeito da análise. Os parlamentares também pediram documentos mostrando o histórico salarial dos sete membros da equipe.

A CIA não respondeu a um pedido de comentário do Epoch Times.

Em outra carta, também pediram que Andrew Makridis – que foi diretor de operações da CIA até o final de 2022  – participasse de uma entrevista voluntária em 26 de setembro. Na mensagem estava escrito:

“O delator falou aos Comitês sobre uma ou mais equipes de investigação da COVID liderada(s) pela CIA, nas quais você teve um papel central em formar as equipes e em chegar à conclusão de que a CIA era ‘incapaz de determinar’ as origens da COVID-19”.

Os parlamentares sugeriram que uma intimação poderia ser emitida se Makridis se recusasse a comparecer.

Na segunda-feira (11), o senador americano Roger Marshall entrou com um novo projeto para que os registros sobre as origens da COVID-19 do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos fossem disponibilizados. Esse órgão tem uma função similar aos ministérios da Saúde e da Cidadania no Brasil. 

Embora esse registros não tenham sido abertos ao público até agora, diversas agências além da CIA já deram seus pareceres. O departamento de energia e o FBI afirmaram que as evidências apontam para o laboratório de Wuhan, que conduzia testes com coronavírus havia anos. Um relatório do governo americano  publicado em junho dizia que ambas as hipóteses da transmissão animal e da origem em laboratório eram possíveis, e que, mesmo considerando a teoria do laboratório, nenhuma agência achava que a COVID-19 foi desenvolvida como uma arma biológica. 

Ao pedir os registros ao governo, o senador Roger Marshall disse que após anos solicitando transparência ao governo Biden, a administração continuava a bloquear e se esquivar das investigações. Esse seu novo projeto obrigaria a liberação de registros que também incluem informações sobre o desenvolvimentos das vacinas.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos abrange os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH, na sigla em inglês), que financiaram algumas das pesquisas realizadas no laboratório de Wuhan através de outras organizações.

Um relatório da câmara já havia denunciado anteriormente que o NIH influenciou para minimizar a hipótese da origem de laboratório. Dois altos oficiais do instituto, Anthony Fauci e Francis Collins, ajudaram a escrever um artigo científico que dizia ter invalidado a possibilidade de uma origem laboratorial, embora nenhum deles tenha sido listado como autor ou nomeado como contribuinte, ambos acompanharam o processo de revisão e publicação.

Francis Collins expressou seu desânimo quando o artigo não enterrou a teoria da origem laboratorial e perguntou a Fauci se havia mais algo que pudessem fazer. Outros relatos mostram que os autores do estudo estavam preocupados que o vírus tivesse, de fato, vindo do laboratório.

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