Mercado brasileiro se aproxima da China enquanto se afasta da Europa

China já se tornou o maior exportador e importador do Brasil.

Por Redação Epoch Times Brasil
16/05/2024 21:49 Atualizado: 16/05/2024 21:50

O Brasil aumentou nos últimos anos cada vez mais seus negócios com países asiáticos, porém isso naturalmente tem diminuído as relações comerciais e políticas com a Europa e os Estados Unidos. O atual relacionamento do país com a China tem causado receio em diversos setores enquanto encontra aceitação em outros.

Empresas europeias e americanas dominaram o comércio brasileiro durante muito tempo na produção de eletrônicos, carros, alimentos entre outros. Logo no início do século 20, as primeiras fábricas da Ford e da General Motors foram inauguradas na capital de São Paulo. A primeira a se estabelecer no país foi a Ford, em 1919. Logo após, em 1925, a General Motors também se estabeleceu. Entre 1920 e 1939, no estado de São Paulo, o número de carros saltou de 5 mil para 43 mil.

Porém, se torna cada dia mais comum ver carros chineses nas ruas. A Deutsche Welle explica que, de acordo com a think tank Diálogo Interamericano (The Inter-American Dialogue) os investimentos chineses não estão mais centrados na garantia de energia, alimentos e matérias-primas, como havia sido nos últimos 20 anos. “O foco está nos setores relacionados à inovação”. Com isso, eles concorrem sobretudo com empresas ocidentais.

Essa situação é ameaçadora para a economia alemã, que tem muito a perder. Em São Paulo, a fabricante chinesa Great Wall Motors comprou, há três anos, a nova fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis.

No Nordeste, em Salvador, a Ford, a Siemens Energy e a General Electric (GE) fecharam suas fábricas nos últimos anos, o que encareceu os carros e peças da empresa. Devido a isso, empresas chinesas administram essas fábricas. “O Vale do Silício do Brasil está sendo criado aqui”, afirmou Stella Li, diretora para a América da fabricante chinesa de automóveis BYD.

De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), “no período de 2000 a 2022, o comércio de mercadorias entre a região e a China foi multiplicado por 35, enquanto o comércio total da região com o mundo apenas foi multiplicado por 4”, afirmou em seu relatório Perspectivas do Comércio Internacional 2023.

A China é famosa por colonizar países através do endividamento e investimentos públicos, por desrespeito aos direitos humanos, roubo de propriedade privada e espionagem. Devido a esses históricos cada vez mais os países ocidentais procuram se afastar da China.

No dia 14 de maio, os Estados Unidos elevaram o imposto em carros elétricos da China de 25% para 100%. De acordo com o país americano  medida visa “proteger os trabalhadores e as empresas norte-americanas” das “práticas comerciais desleais da China”.