Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O CEO da Tesla, Elon Musk, revelou em 10 de outubro dois novos veículos: o robotaxi e um veículo maior chamado Robovan.
O robotaxi, também chamado de cybercab, não tem volante nem pedais. Esse veículo de cinco lugares é projetado para transportar pessoas de forma autônoma. Musk afirmou: “Você poderia adormecer e acordar no seu destino.” O custo do cybercab deve ser inferior a US$ 30 mil, com testes de direção autônoma planejados para 2025 no Texas e na Califórnia. Musk está otimista de que a produção ocorra antes de 2027, apesar de, em 2019, ele ter previsto a produção de robotaxis já em 2020, uma meta que não foi cumprida.
O Robovan tem uma capacidade muito maior, podendo transportar até 20 pessoas. Ele não possui rodas visíveis nem para-brisa. O interior conta com assentos giratórios e iluminação futurista. No entanto, a Tesla ainda não divulgou quando o Robovan estará disponível.
Ambos os veículos foram projetados para se carregar em uma base de carregamento, diferentemente dos atuais veículos da Tesla que precisam ser conectados a um carregador. Segundo Musk, operar o cybercab custará 20 centavos por 1,5 km ao longo do tempo, enquanto o Robovan será ainda mais barato, custando 5 centavos por 1,5 km. Os veículos dependerão de inteligência artificial e câmeras, sem utilizar hardware comum entre concorrentes de robotaxis, como o Lidar.
O evento também apresentou os robôs Optimus, fabricados pela Tesla, que, segundo Musk, devem custar entre US$ 20 mil e 30 mil e podem estar disponíveis até o final de 2025. Musk afirmou: “Acho que este será o maior produto de todos os tempos, de qualquer tipo.”
Com as vendas de veículos elétricos da Tesla abaixo das expectativas, Musk, que lidera várias empresas, tem redirecionado a Tesla para focar em inteligência artificial e robótica. “Realmente, deveríamos ser vistos como uma empresa de IA ou robótica”, disse Musk a investidores mais cedo este ano. Ele acrescentou: “Se você valorizar a Tesla apenas como uma empresa automotiva, estará partindo de uma premissa fundamentalmente errada.”
Alguns investidores criticaram a mudança, dizendo que a Tesla deveria se concentrar em veículos.
“Sua visão é adorável, mas alguém precisa concretizá-la”, disse Ross Gerber, acionista da Tesla e CEO da Gerber Kawasaki Wealth and Investment Management. “Por enquanto, nos próximos 24 meses, a Tesla terá que vender veículos elétricos. Por que não estamos focados nisso?”
Ramesh Poola, co-diretor de investimentos da Creative Planning, que detém ações da Tesla, disse que ficou impressionado com a apresentação, mas “obviamente, estávamos procurando mais detalhes sobre quais serão exatamente seus planos futuros e como ele irá monetizar esta nova IA e robótica.”
A Reuters contribuiu para este artigo.