Xu Xun era um taoísta muito conhecido durante a Dinastia Jin (265-420 d.C.). Ele residia na cidade de Xu Chang, província de Hunan. Posteriormente, ele mudou-se para a cidade de Nanchang, província de Jiangxi, e obteve o cargo de juiz do condado de Jingyang.
Ele era um homem sábio, que estava disposto a estudar, a falar a verdade e a não buscar nem a fama nem a fortuna, características essas inerentes a um verdadeiro líder. Ele também foi um erudito em literatura, astronomia, medicina, geografia e ciências. Suas atividades diárias incluíam ajudar os necessitados e introduzir conceitos morais às pessoas. Por isso, era muito respeitado.
Enquanto Xu Xun foi juiz do condado de Jingyang, assegurou-se que não houvesse corrupção. Ele também reduziu as penas, incentivou o uso da benevolência, e promoveu as pessoas honestas como modelos a serem seguidos pela comunidade. Quando ele começou a exercer o magistrado, os campos de algumas pessoas foram inundados. Ele fez estas pessoas trabalharem em terras do governo para mantê-los empregados e produtivos. As inundações também causaram uma praga, e ele foi capaz de aplicar seus conhecimentos de medicina para curar doenças. Pessoas que viviam em condados vizinhos ouviram falar como ele se preocupava com sua gente e muitos deles se mudaram para o seu condado.
Um dia, Xu Xun comprou um suporte de metal para lâmpadas em um mercado. Enquanto polia o gancho, ele percebeu que por trás da pintura, via-se que era feito de ouro, não de ferro. Então, ele voltou ao mercado à procura do vendedor, encontrou-o e lhe disse que queria devolvê-lo porque era realmente uma peça de arte de grande valor. O vendedor ficou muito grato e disse que, devido aos muitos anos de guerra, ele não ganhava o suficiente para viver e teve de vender os bens de sua família, alguns dos quais foram herdados de seus antepassados.
Xu Xun estava em busca da verdade e ensinava as pessoas a busca-la em qualquer lugar que tivessem oportunidade. Ele escreveu um livro, “Um Ensaio sobre os Oito Princípios”, para ajudar as pessoas a começarem. Este livro falava sobre como melhorar o caráter em oito áreas: 1) ser honesto ao lidar com as pessoas, 2) evitar tendências rebeldes, 3) livrar-se da avareza, 4) lidar com os assuntos diários com cuidado, 5) manter a mente aberta, 6) ser compassivo, 7) aceitar as pessoas como elas são, 8) ser tolerante. Ele acreditava que ao melhorar o próprio caráter, uma pessoa podia se alinhar com a verdadeira natureza do universo.
Devido a suas próprias ações positivas, os residentes em seu condado se interessaram em tornarem-se melhores cidadãos. Durante o tempo em que a parte ocidental da Dinastia Jin estava em guerra, as condições de vida eram precárias, havendo grande pobreza, exceto nas várias centenas de quilômetros ao redor de onde vivia Xu Xun. De fato, havia paz e prosperidade em seu condado.
Xun Xu promoveu a compaixão e a virtude e, segundo um livro sobre imortais, diz-se que quando Xu Xun tinha 136 anos, toda sua família ascendeu ao céu. O nome do condado foi mudado para “Condado de Deyang” em homenagem a Xu Xun por enfatizar a conduta virtuosa, o que contribuiu para a prosperidade de todos os cidadãos.
Este artigo pertence a série “Histórias da antiga China”; para ler outros artigos da série, clique aqui.
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