China tacha Biden como “irresponsável” por voltar a chamar Xi Jinping de “ditador”

Por Agência de Notícias
16/11/2023 12:38 Atualizado: 16/11/2023 12:38

A China criticou nesta quinta-feira as declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que voltou a se referir ao líder chinês, Xi Jinping, como “ditador”, logo após a reunião bilateral entre os dois em São Francisco.

“Esta afirmação é extremamente errônea e constitui um ato político irresponsável. A China opõe-se firmemente a ela”, disse hoje a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, em uma coletiva de imprensa.

Biden voltou a falar na quarta-feira que o líder da China é um “ditador”, durante uma coletiva realizada após reunir-se com Xi por mais de quatro horas em uma mansão a cerca de 40 quilômetros do centro de São Francisco e à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).

“Deve-se notar que há sempre pessoas com segundas intenções que tentam instigar e minar as relações China-EUA”, acrescentou a porta-voz.

Segundo Mao, “estas pessoas sabem bem quem está tentando provocar as relações entre a China e os Estados Unidos” e frisou que neste aspecto “também não terão sucesso”.

As palavras de Biden foram em resposta a um jornalista que perguntou se Biden ainda considerava Xi um “ditador”, ao que o presidente americano respondeu positivamente.

Pouco antes, havia concluído o primeiro encontro presencial em um ano entre os dois líderes.

Em uma angariação de fundos para sua campanha de reeleição para as eleições de 2024, realizada no último mês de junho, Biden chamou Xi pela primeira vez de “ditador”, o que causou grande agitação no gigante asiático.

Já em outro evento de angariação de fundos, na terça-feira, em São Francisco e na véspera da tão esperada reunião, o presidente dos EUA afirmou que a China tem “problemas reais”, sem especificar exatamente o que quis dizer.

A expectativa é que os dois líderes se reencontrem esta semana durante o segmento de alto nível da cúpula da APEC, que durará até sexta-feira em São Francisco e contará também com a presença dos presidentes de México, Chile, Colômbia e Vietnã, além dos primeiros-ministros de Canadá, Austrália e Japão, entre outros.

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