Relatórios recentes mostram que o regime comunista chinês está fornecendo tecnologia para a Rússia em sua guerra contra a Ucrânia, apesar das sanções internacionais e dos controles de exportação.
De acordo com uma Revisão do Wall Street Journal dos dados alfandegários russos em 4 de fevereiro, as empresas de defesa estatais chinesas têm “enviado equipamentos de navegação, tecnologia de interferência e peças de caças a jato para empresas de defesa do governo russo sancionadas”. Enquanto isso, empresas chinesas estatais e privadas estão exportando bens militares e civis de uso duplo para a Rússia, mostra a análise.
A revisão do WSJ analisou mais de 84.000 remessas registradas pela alfândega da Rússia desde que o Ocidente lançou sanções econômicas contra a Rússia no ano passado, especialmente em mercadorias críticas para as forças armadas da Rússia.
Os registros alfandegários russos analisados pelo WSJ incluem detalhes de cada remessa para o país, como datas, remetentes, destinatários, compradores, endereços e descrições de produtos. Isso pode ser apenas a ponta do iceberg, pois a revisão apontou que os registros podem não incluir todos os registros de remessas.
Já se passou quase um ano desde o início da guerra russo-ucraniana. Apesar das sanções, a Rússia ainda é capaz de obter as tecnologias para suas forças armadas, incluindo semicondutores, por meio de países que não aderiram aos controles de exportação liderados pelos EUA, como Turquia, Emirados Árabes Unidos e China, conforme mostram a revisão alfandegária do WSJ e registros corporativos.
O relatório citou um analista da ONG C4ADS, que apontou que “as empresas de defesa estatais chinesas continuam a enviar peças de aplicação militar para empresas de defesa russas sancionadas. Essas empresas russas foram registradas usando esses mesmos tipos de peças diretamente na guerra da Rússia na Ucrânia”.
Um porta-voz da Embaixada da China nos Estados Unidos negou que “a China forneça ‘ajuda’ à Rússia”.
Semicondutores da China e Hong Kong
Semicondutores, também conhecidos como chips, são usados em mísseis e drones.
Outra mídia internacional reportou que milhões de chips fabricados na Holanda, fluíram para a Rússia por meio de empresas chinesas e de Hong Kong para escapar das sanções.
De acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), as compras de semicondutores da Rússia somaram US$ 2,45 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado, muito acima dos US$ 1,8 bilhão do ano anterior. Quarenta por cento das compras foram da China e Hong Kong.
O IIF disse que a China e Hong Kong substituíram os países da União Europeia como os maiores parceiros comerciais da Rússia.
A emissora nacional holandesa, NOS, informou que desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, milhões de chips fabricados na Holanda foram revendidos à Rússia por meio de empresas chinesas.
O comentarista de assuntos atuais dos EUA, Wang He, disse ao Epoch Times que o regime comunista chinês continuará sua política atual, “de não condenar publicamente a Rússia, enquanto ajuda a Rússia em particular. E ao lidar com os Estados Unidos, negará categoricamente que as empresas estatais chinesas estejam agindo em nome do regime chinês”.
Su Tze-yun, diretor do think tank taiwanês The Institute for National Defense and Security Research, disse ao Epoch Times que a grande estratégia dos Estados Unidos ao lidar com o relacionamento com a China e a Rússia é primeiro continuar a isolar a Rússia e depois concentrar-se em lidar com o regime comunista chinês. Ele previu: “De março a abril, o contra-ataque ucraniano pode encerrar a Guerra Russo-Ucraniana, o que será um ponto de virada para a estrutura política global. Nesse momento, os principais países do mundo se concentrarão em cercar o regime chinês e suas contramedidas contra Pequim aumentariam”.
Hou Junlin, Lin Cenxin e Yi Ru contribuíram para esta notícia.
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