Os 10 principais desafios que a China comunista enfrentará em 2019

O ano de 2019 será cheio de desafios para a China mas também poderá ser um ano em que ocorrerão mudanças drásticas

21/01/2019 12:51 Atualizado: 21/01/2019 12:51

Por Jennifer Zeng, Epoch Times

Em seu discurso de Ano Novo de 2019, o líder supremo da China, Xi Jinping, usou uma palavra-chave que não apareceu em seu discurso de 2018: “desafios”.

Ele também usou um famoso slogan da época de Mao Tsé-Tung em que a China comunista — então um país isolado, pobre e fechado — prometeu alcançar o Reino Unido e os Estados Unidos em 15 anos: “Confiar em nós mesmos, levar uma vida simples e trabalhar duro”.

Xi também disse: “Tomando uma visão ampla do mundo inteiro, estamos diante de um período de mudanças drásticas e sem precedentes que não foram vistas em 100 anos”.

“Não importa o quanto a situação internacional mude, a confiança e a determinação da China na defesa de sua soberania e segurança nacional nunca mudarão.”

Para analistas e especialistas sobre China, o que está nas entrelinhas do discurso de Xi é a sua compreensão da seriedade da situação atual do país e de que uma “luta árdua” sem precedentes em meio a “desafios” se aproxima.

Embora Xi Jinping não tenha apontado nenhum desafio específico, analistas e especialistas de todo o mundo o ajudaram a delinear alguns deles. E os seguintes são alguns dos que podem ser detalhados:

Desafio 1: A crescente pressão da guerra comercial

Em um impactante discurso proferido em 15 de dezembro de 2018, Xiang Songzuo, ex-economista-chefe do Banco Agrícola da China, ex-vice-diretor do Banco Popular da China, e vice-diretor e principal membro do Centro de Pesquisa Monetária Internacional da Universidade Renmin na China, criticou duramente as fortes afirmações feitas no início da guerra comercial de que “os americanos estão levantando pedras, apenas para esmagar seus próprios pés”.

Xiang perguntou: “Onde estão essas pessoas agora?”

De acordo com Xiang, o regime chinês avaliou mal a guerra comercial e precisa pensar muito a respeito.

Navio de carga em um porto de Qingdao, na província chinesa de Shandong, em 12 de outubro de 2018 (STR/AFP/Getty Images)
Navio de carga em um porto de Qingdao, na província chinesa de Shandong, em 12 de outubro de 2018 (STR/AFP/Getty Images)

“De fato, os atritos comerciais, a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos não é mais uma guerra comercial, nem uma guerra econômica, mas um sério conflito entre os valores chineses e americanos”, disse Xiang. “Podemos ter certeza de que a relação entre a China e os Estados Unidos está agora em uma encruzilhada e sob uma tremenda prova histórica. Até agora, não acho que tenhamos encontrado uma solução real”.

Xiang disse: “Nós costumávamos citar uma frase: ‘A etapa estratégica favorável ao crescimento econômico da China’. Mas nós ainda temos uma ‘etapa estratégica favorável’? Pessoalmente acho que ela está desaparecendo muito rápido”.

Economistas acreditam que os efeitos negativos da guerra comercial sobre a economia da China ainda estão por vir.

Desafio 2: O declínio da economia e o fraco desempenho do mercado de ações

No mesmo discurso em 15 de dezembro, Xiang fez outra impactante declaração: de acordo com “um importante instituto de pesquisa”, o crescimento do PIB da China não foi de 6,5% como oficialmente declarado, mas foi tão baixo quanto 1, 67%. Usando outro sistema de medição, o crescimento do PIB foi negativo.

Cheng Xiaonong, doutor em sociologia que estuda política e economia chineses, escreveu em um artigo que “o importante instituto de pesquisa” ao qual Xiang se refere não pode ser empresa ou banco, porque eles não ousariam fazer tais pesquisas ou publicar esses números.

A fonte tem que ser uma agência do governo acima do Departamento Nacional de Estatísticas, e pode ser o Escritório do Grupo Principal Central de Assuntos Financeiros e Econômicos do Comitê Central do Partido Comunista Chinês.

Chinesa em frente a uma tela que mostra os números do mercado de ações de uma empresa de valores mobiliários em Hangzhou, na província chinesa de Zhejiang, em 19 de junho de 2018 (AFP/Getty Images)
Chinesa em frente a uma tela que mostra os números do mercado de ações de uma empresa de valores mobiliários em Hangzhou, na província chinesa de Zhejiang, em 19 de junho de 2018 (AFP/Getty Images)

Cheng disse que, para qualquer país, os três principais motores que impulsionam uma economia são consumo, investimento e exportação.

Antes de 2009, a exportação havia sido o principal motor da economia chinesa, mas desde então esse motor desacelerou. Mesmo sem a guerra comercial, não funcionaria bem com o aumento dos custos e com um grande número de fábricas deixando a China.

Desde 2009, o investimento tem sido o maior motor da economia chinesa, mas este também chegou a um beco sem saída, com novos edifícios construídos em número suficiente para atender a demanda do mercado pelos próximos 20 anos, disse Cheng.

Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento real do consumo caiu de 24% em 2005 para 2% em 2018, e essa tendência deverá continuar.

Cheng diz que com os três motores funcionando mal, a economia chinesa não tem para onde ir, exceto para baixo.

Com uma perda de 2,4 trilhões de dólares, o mercado acionário chinês ganhou o título de “o pior do mundo” em 2018.

Tang Hao, analista chinês, escreveu em um artigo que, com o colapso da economia, o medo em longo prazo poderá ser a nova norma para o mercado de ações chinês de 2019.

Desafio 3: Enormes índices de falências e desemprego

Em 25 de julho de 2018, tanto Xinhua quanto o Diário do Povo publicaram um artigo intitulado “As estatísticas preliminares mostram que o número de pessoas em nosso país que retornaram às suas cidades de origem para iniciar novos negócios chegou a 7,4 milhões”.

Praticamente todos que falam chinês sabem que isso significa que 7,4 milhões de trabalhadores rurais perderam seus empregos nas cidades e tiveram que retornar aos seus locais de origem para conseguir sobreviver.

De acordo com um artigo do China Times, uma mídia em língua chinesa, nos principais jornais de várias cidades pode-se ver um grande número de anúncios de dissolução, liquidação e fechamento de empresas.

O artigo também assinala que um funcionário do Beijing Evening News disse que desde outubro passado, em média, cerca de 2.000 empresas por dia em Pequim publicam anúncios de dissolução e liquidação, e que a situação em cidades grandes como Xangai, Guangzhou e Shenzhen é a mesma.

Em 22 de outubro, o site de notícias chinês NetEase publicou um artigo intitulado “No primeiro semestre deste ano, 5,04 milhões de empresas foram à falência e mais de dois milhões de pessoas perderam seus empregos”. O artigo foi apagado pouco tempo depois.

A empresa Tianjin Samsung Communication Technology decidiu fechar no último dia de 2018, fazendo com que seus 2.000 funcionários se tornassem o primeiro grupo de pessoas a perder seus empregos em 2019.

Houve demissões semelhantes nas principais áreas como a financeira, imobiliária, de computação e de alta tecnologia, entre as pessoas “privilegiadas” que ganham 1 milhão de iuanes (US$ 145 mil) por ano.

De acordo com Wen Zhao, analista de assuntos da China, a principal razão pela qual Xi Jinping estava tão ansioso para conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de 1º de janeiro, foi a tremenda pressão do desemprego.

Xi está desesperado para conseguir algum tipo de acordo com os Estados Unidos em janeiro, antes do Ano Novo chinês em fevereiro, que é tradicionalmente um período em que um grande número de empresas fecha e o desemprego aumenta.

Desafio 4: O estouro da bolha da dívida

Os especialistas vêem a dívida astronômica como uma bomba não detonada pronta para destruir a economia chinesa.

He Qian, vice-diretor do 11º Comitê de Assuntos Econômicos e Financeiros do Congresso Popular Nacional da China, revelou que a dívida total do governo local ultrapassou os 40 trilhões de iuanes (US$ 5,8 trilhões). A S & P Global Ratings estimou que a dívida oculta do governo local da China pode ser de 6 trilhões de dólares. Isso significa que a dívida total do governo local pode exceder US$ 11,8 trilhões.

Zhu Yulai, filho do ex-primeiro-ministro chinês Zhu Rongji e ex-CEO da empresa China International Capital Corporation, proferiu um emocionante discurso de 60 minutos no final de novembro de 2018. Ele disse que as pessoas não entendem “a situação dos ativos e a dívida por trás do rápido crescimento do PIB [da China]”.

Zhu apontou que a taxa de crescimento dos ativos e da dívida é quase o dobro do PIB, o que significa que a dívida se expandiu a uma velocidade duas vezes superior à do PIB.

“O PIB total da China era de mais de 80 trilhões (11,7 trilhões de dólares) em 2017, o montante total da dívida no final do ano foi de quase 600 trilhões (US$ 87,4 trilhões). Em comparação com outros países do mundo, essa relação é muito alta”, disse Zhu.

De acordo com um relatório da rádio Sound of Hope em chinês, assim como no Japão, essa enorme dívida pode ser profundamente “enterrada” quando a economia cresce em um ritmo elevado. No entanto, quando a economia esfria, especialmente devido à pressão da guerra comercial, e como há um grande número de empresas privadas que foram gravemente afetadas pelo regime, podem acontecer crises fatais que provoquem o estouro da bolha da dívida.

Desafio 5: A contínua queda do mercado imobiliário

O mercado imobiliário é uma das principais indústrias que impulsionaram o crescimento do PIB da China, mas é também uma importante fonte de bolhas econômicas. Depois de ter experimentado um drástico aumento de preços nos últimos anos, agora ela está apresentando um retrocesso.

Prédios de apartamentos vazios na cidade de Ordos, Mongólia Interior, em 12 de setembro de 2011 (Mark Ralston/AFP/Getty Images)
Prédios de apartamentos vazios na cidade de Ordos, Mongólia Interior, em 12 de setembro de 2011 (Mark Ralston/AFP/Getty Images)

De acordo com o último relatório da Haitong Securities, nos primeiros 17 dias de dezembro de 2018, o crescimento das vendas de imóveis em 41 cidades despencou para um patamar negativo, -1,9%. Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento das vendas de terras para todo o país em novembro também caiu para um patamar negativo.

De acordo com o professor Gan Li da Universidade de Finanças e Economia da China, em 2017 havia cerca de 56 milhões de apartamentos vazios em cidades e vilas chinesas, com uma taxa de vacância de 21,4%, uma das mais altas do mundo.

Grandes nomes da indústria como a China Vanke, Country Garden e Evergrande, começaram a vender suas propriedades com grandes descontos, às vezes com a premissa de “compre um, leve um de graça”.

Se a atual onda de desemprego continuar, com o preço da habitação diminuindo, mais e mais pessoas terão problemas em pagar suas hipotecas, ou vão querer vender suas propriedades, disse Tang Hao em seu artigo.

Como resultado, a bolha imobiliária pode começar a estourar, o que por sua vez poderá desencadear uma crise em todo o sistema financeiro.

Desafio 6: Aumentam as disputas internas do Partido

As disputas internas de alto escalão dentro do Partido Comunista não terminarão em 2019, e elas se tornarão ainda mais amargas, segundo Tang Hao.

Em seu discurso no 40º aniversário da Reforma e Abertura da China, Xi Jinping enfatizou “manter a liderança centralizada e unificada do Partido”. Tang disse que quando algo é enfatizado na China comunista, isso significa que está faltando.

Duowei News, um site de notícias em chinês, publicou um artigo em dezembro de 2018 intitulado: “Para evitar que extremistas de esquerda destruam a China, Xi Jinping deve ser responsabilizado”.

No entanto, no dia seguinte, o artigo foi alterado para “A fim de evitar que extremistas de esquerda destruam a China, Xi Jinping com firmeza coloca as coisas em seus lugares”.

Tang Hao disse que, a menos que Duowei tenha sido hackeado, ou que os editores estejam mentalmente doentes, uma “reviravolta” tão completa sugere quão intensa é a disputa interna do Partido.

Com a guerra comercial em curso, muitas empresas públicas e privadas foram severamente afetadas. Como resultado, os interesses dos magnatas poderosos e privilegiados também foram afetados, o que pode levar a lutas pelo poder ainda mais acirradas dentro do Partido.

Desafio 7: Aumenta a revolta do povo e os conflitos entre o Partido e os cidadãos

Pequim há muito tempo deixou de publicar estatísticas de “incidentes em massa” (protestos, apelações ou reuniões públicas) na China. De acordo com um artigo da The Economist, analistas calculam que houve até 180 mil incidentes em 2010, o equivalente a 493 por dia.

Tang Hao disse que, neste momento, com os preços dos produtos básicos e os custos da assistência médica para a terceira idade em ascensão, os cidadãos comuns têm dificuldade em fazer frente às despesas.

Se a situação de desemprego piorar, mais empresas fecharão, mais bolhas financeiras estourarão e um grande número de cidadãos comuns perderá suas rendas e ativos.

Podem ocorrer mais atividades de defesa dos direitos das pessoas em toda a China, e o regime certamente usaria mais violência para reprimir, o que significa confrontos mais frequentes e violentos entre o regime e o povo.

Desafio 8: A crise dos direitos humanos em uma sociedade orwelliana

Com um ou dois milhões de uigures e outros muçulmanos enclausurados em prisões e campos de reeducação na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, o mundo começou a ver até que ponto a China comunista se tornou uma sociedade orwelliana.

Através do seu sistema “Skynet“, do “Projeto Neve Deslumbrante” (ou “Projeto Olhos Intensos“, “xueliang” se traduz literalmente como “brilhante como a neve”), do “sistema de crédito social“, dos “uniformes inteligentes” para estudantes e de outras táticas, o objetivo do regime é “a cobertura geográfica total, compartilhamento total de rede, cobertura em tempo integral e controle operacional total” de toda a nação.

Isso significa que os sistemas de vigilância serão de âmbito nacional, alcançando todos os cantos, com a exceção, talvez, das residências particulares, e serão facilmente acessíveis às autoridades policiais 24 horas por dia, 7 dias por semana, com apenas o apertar de um botão.

De acordo com um estudo da IHS Markit, a China possuía 176 milhões de câmeras de vigilância em operação em 2016 e espera-se que esse número triplique, chegando a 626 milhões em 2020.

Enquanto o regime comunista promove sua vigilância e controle em grande escala, e usa os meios mais implacáveis para perseguir as pessoas, o mundo inteiro está observando e rejeitando-o.

Em 2018, várias audiências foram realizadas no Congresso dos Estados Unidos sobre a deterioração da situação dos direitos humanos na China, e um número crescente de legisladores, grupos de direitos humanos e acadêmicos pediu sanções contra o regime e membros do Partido responsáveis pela perseguição.

Também foram feitos apelos para que voltem a vincular os direitos humanos com os acordos comerciais com a China.

O regime comunista continuará sentindo todas essas pressões em 2019.

Desafio 9: Tensões crescentes com Taiwan

Em 2 de janeiro, Xi Jinping fez um discurso muito enérgico para comemorar o 40º aniversário da “Mensagem dos compatriotas de Taiwan” quando, em 1º de janeiro de 1979, a China se ofereceu para abrir as comunicações e encerrar a ação militar contra a ilha.

Em 10 de setembro de 1999, o Exército Popular de Libertação realiza um exercício de desembarque na costa continental perto de Taiwan (STR/AFP/Getty Images)
Em 10 de setembro de 1999, o Exército Popular de Libertação realiza um exercício de desembarque na costa continental perto de Taiwan (STR/AFP/Getty Images)

Xi disse que a unificação de Taiwan com a China Continental é “inevitável” e emitiu uma severa advertência contra qualquer “separatista” ou tentativa de independência.

“A China deve ficar e ficará unida”, disse Xi. “Não prometemos renunciar ao uso da força e nos reservamos a opção de usar todos os meios necessários” para a unificação.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, respondeu no mesmo dia mostrando uma postura ainda mais dura, não apenas pedindo à China “que avance com ousadia para a democracia”, mas também denunciando abertamente o “Consenso de 1992”.

Tsai estava se referindo ao entendimento de 1992 — ainda há dúvidas se realmente houve um acordo — no qual China e Taiwan concordaram com o princípio “uma só China”, incluindo a China Continental e Taiwan, com a constatação de que a China e Taiwan interpretaram esse princípio de maneira diferente.

Em 2018, houve várias notícias sobre o Exército Popular de Libertação (EPL) mobilizando aviões e navios ao redor de Taiwan, às vezes com caças e bombardeiros. Do ponto de vista militar, isso indica que o EPL está se preparando para possíveis ataques a Taiwan, disse Wen Zhao, então eles precisam se familiarizar com o futuro campo de batalha.

“Libertar” ou “unificar” Taiwan foi parte do “sonho” de várias gerações de líderes do Partido Comunista Chinês (PCC). Até onde irá o regime chinês após a última bravata? Só o tempo dirá.

Mas, de acordo com Tang Hao, uma coisa é certa. O PCC pretende interferir na eleição presidencial de Taiwan em 2020, de forma exaustiva e intensa.

Como isso afetará o relacionamento entre o PCC e Taiwan? Eles vão “elevar” os conflitos para outro nível?

Outro fator é que desde que o presidente Trump assumiu o cargo, os Estados Unidos aprovaram várias leis relacionadas a Taiwan, incluindo a Lei de Autorização de Defesa Nacional para o ano fiscal de 2019, a Lei de Viagens de Taiwan e a Lei de Iniciativa de Reafirmação da Ásia de 2018.

Essas leis transmitiram ao PCC uma mensagem muito clara de que os Estados Unidos não renunciarão às suas responsabilidades em relação a Taiwan, nem tolerarão as atitudes provocativas do PCC.

E isso acrescenta outra dimensão ao desafio de Taiwan que o PCC enfrentará em 2019.

Desafio 10: Aumentam as possibilidades de um confronto geopolítico com os Estados Unidos

Trump escreveu no Twitter em 28 de dezembro que “acabei de ter uma longa e muito boa conversa por telefone com o presidente Xi da China” e que “o acordo está indo muito bem”. Esta declaração não muda o fato de que os valores dos Estados Unidos e do PCC são fundamentalmente diferentes.

Em 18 de dezembro, Xi afirmou: “Faremos reformas quando pudermos, e não mudaremos nada que não possa ser mudado”.

Poderá ser desfeito o confronto entre valores básicos e fundamentais no futuro próximo?

Ao mesmo tempo, Tang Hao escreveu que as tensões no Mar Meridional da China e a incerteza sobre a desnuclearização da Coreia do Norte podem adicionar tensões à guerra comercial em curso.

Poderão todos esses fatores, além do possível atrito militar com Taiwan, ser uma “tempestade perfeita” para o PCC em 2019, e levar a inesperadas tensões militares com os Estados Unidos?

Neste ponto, Tang chega à mesma conclusão que Xi: 2019 será um ano cheio de desafios para a China mas também poderá ser um ano em que ocorrerão mudanças drásticas.