Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil, aponta BC

Por Redação Epoch Times Brasil
04/12/2024 18:27 Atualizado: 04/12/2024 18:27

O Pix consolidou sua posição como a forma de pagamento preferida dos brasileiros, superando o dinheiro em espécie, de acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, divulgada pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (4).

Apesar disso, as cédulas e moedas ainda desempenham um papel relevante, principalmente entre as pessoas de menor renda e faixas etárias mais avançadas.

Popularidade do Pix

Lançado há quatro anos, o meio de pagamento instantâneo já é usado por 76,4% da população e é o mais frequente para 46% dos consumidores. 

Em comparação, na última edição do levantamento, em 2021, o Pix era utilizado por 46% dos brasileiros e preferido por apenas 17%.

O avanço tecnológico não eliminou, entretanto, o uso do dinheiro físico, que ainda é adotado por 68,9% da população. 

Essa porcentagem, no entanto, representa uma queda de 14,7 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

Quem ainda usa dinheiro em espécie

O estudo aponta que o uso do dinheiro é mais frequente entre as pessoas com menor renda:

  • 75% dos que recebem até dois salários mínimos usam cédulas e moedas.
  • Entre aqueles que ganham de dois a cinco salários, o índice é de 69%.
  • Em rendas mais altas, como entre cinco e dez salários mínimos, o percentual cai para 59,4%.

Idosos também utilizam mais o dinheiro físico: 72,7% das pessoas com 60 anos ou mais ainda recorrem a cédulas e moedas, enquanto o índice é de 68,6% entre jovens de 16 a 24 anos.

A pesquisa revela ainda que 53,4% dos brasileiros acreditam que não usarão dinheiro físico dentro de cinco anos. 

Outros 31,6% preveem uma redução no uso, enquanto apenas 3,4% acham que o uso de cédulas e moedas aumentará até 2029.

Objetivo da pesquisa

O BC destacou que o levantamento busca promover o “aprimoramento contínuo da gestão do meio circulante brasileiro e das ações de divulgação sobre características das cédulas e moedas do Real”. 

Além disso, analisou questões como a conservação de cédulas, o uso de moedas e o reconhecimento de itens de segurança.

“Mesmo com o PIX e toda a evolução tecnológica, o dinheiro em espécie ainda se faz bastante presente na vida dos brasileiros”, destacou a autarquia.