A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira uma operação contra um esquema de contrabando e venda de ouro extraído de garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami e em território amazônico da Venezuela, o qual chegou a movimentar quase R$ 6 bilhões.
Os agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e mais 40 ordens de busca e apreensão nos estados de Roraima e Amazonas, que fazem fronteira com a Venezuela, bem como em Brasília e Goiás, segundo detalhou a PF em comunicado.
O ouro venezuelano entrava clandestinamente no Brasil como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas.
Segundo a PF, transportadoras contratadas escondiam o ouro contrabandeado dentro de caminhões, que entravam em Roraima sem seguir os trâmites necessários ou pagar tributos.
Em seguida, o ouro era comprado por outros integrantes do esquema e enviado a empresas do ramo de exploração do minério responsáveis por concretizar o pagamento aos supermercados e às distribuidoras de alimentos.
A Polícia Federal relatou ainda que os responsáveis pelo esquema também estiveram envolvidos na extração de ouro de garimpos ilegais nas terras do povo indígena Yanomami.
Em uma segunda operação contra o contrabando de ouro, os agentes cumpriram nesta quarta-feira mais duas ordens de prisão preventiva e 16 mandados de busca em oito cidades contra membros de uma suposta rede que enviava o mineral para a Europa e com quem foram apreendidos 5,7 bilhões de euros.
O estopim foi a prisão de uma pessoa que transportava 35 quilos de ouro para entregá-los a dois americanos com uma empresa em Nova Iorque.
A PF informou que o principal alvo dessa operação contava com a ajuda de um austríaco naturalizado brasileiro que afirma ter R$ 20 bilhões em barras de ouro.
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