Parlamentares anunciam nova CPI sobre “Milícia Digital do PT”

Essa já é a segunda CPI iniciada nesta semana contra o governo para investigar possíveis ilegalidades.

Por Redação Epoch Times Brasil
12/06/2024 20:56 Atualizado: 12/06/2024 20:56

Nesta quarta-feira (12), parlamentares, liderados pelo deputado Felipe Barros (PL-PR), anunciaram a solicitação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as atividades de um suposto grupo denominado “milícia digital do PT”. O pedido foi formalizado na Câmara dos Deputados, em Brasília, e tem como objetivo apurar o uso indevido de estruturas governamentais para disseminação de notícias falsas e manipulação de informações.

O que sabemos: O requerimento da CPI foi assinado pelos deputados Bia Kicis (PL-DF), Adriana Ventura (NOVO-SP) e Felipe Barros.

A iniciativa surge após uma reportagem do jornal Estadão, publicada em 10 de junho de 2024, alegar que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM) estaria realizando reuniões diárias com membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e influenciadores digitais. 

O deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do partido, confirmou a realização de reuniões diárias e a participação de influenciadores digitais

Estas reuniões teriam como objetivo:

  • coordenar estratégias de comunicação para favorecer o governo;
  • desqualificar a imprensa;
  • promover desinformação.

A agência de comunicação Polo Digital Marketing, que presta serviços de administração de grupos de whatsapp do PT e recebe financiamento do Fundo Partidário, está sob escrutínio por possíveis conflitos de interesse, já que também atuou para o PT durante as eleições de 2022.

Como se posicionaram: Os parlamentares da oposição defendem que a CPI é essencial para investigar as alegações de uso indevido de recursos públicos e manipulação de informações por parte do governo e do PT. Eles enfatizam a necessidade de assegurar a transparência e a integridade das instituições democráticas brasileiras.

A proposta prevê que a CPI será composta por 25 deputados titulares e um igual número de suplentes, com prazo inicial de 120 dias, prorrogáveis, para concluir as investigações.

Porque isso é relevante: A coordenação pela SECOM e o PT, segundo os parlamentares, sugere um uso impróprio das estruturas governamentais para fins partidários, comprometendo a transparência e a imparcialidade das instituições públicas.