MPMG vai investigar vereadora por comentários nas redes sociais sobre ausência de feministas e trans ajudando no RS

Por Redação Epoch Times Brasil
21/05/2024 19:59 Atualizado: 21/05/2024 19:59

Nesta segunda-feira (20), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aceitou uma denúncia contra a vereadora e atual presidente da Câmara de Ibiá, Roberta Rodrigues. A denúncia, originada pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Andreia de Jesus (PT), refere-se a uma postagem nas redes sociais feita pela vereadora, na qual ela critica os movimentos feminista e LGBT.

Roberta Rodrigues publicou em suas redes sociais que não havia visto “travestis, transgêneros, feministas de cabelo azul e sovaco cabeludo ajudando nas enchentes” do Rio Grande do Sul.

“Também não tinha bandeirinha de arco-íris e de movimento lgtvhdmi4k+ – resumindo nas horas mais difíceis são os machos tóxicos que salvam o mundo. Sempre foi e sempre será assim”, completou.

A deputada petista tratou a observação da vereadora como uma tentativa de “apagamento da humanidade das pessoas”, mas não refutou as afirmações de Roberta.

“É lamentável o que este post faz: uma tentativa de apagamento da humanidade das pessoas, como se a população LGBTQIAPN++ não fosse parte da sociedade, não sentisse solidariedade e não cumprisse seu papel na contribuição e auxílios às vítimas da tragédia climática do Rio Grande do Sul. E, pior, como se não tivessem pessoas LGBTQIAPN+ também vítimas das tragédias climáticas”, afirmou Andréia de Jesus.

Na plataforma X, antigo Twitter, internautas de esquerda mobilizaram-se em massa para denunciar a parlamentar, instando as autoridades a investigá-la. Em uma publicação, Vinicios Betiol, que se apresenta como “pós-graduado e Mestre na área da Geopolítica pela UERJ e autor do livro “A arte da guerra online: como enfrentar as redes de extrema direita na internet”, acusa Roberta de proferir um “discurso de ódio” contra pessoas trans

Em nota, a Comissão de Direitos Humanos da ALMG, que tem historicamente uma inclinação à esquerda, afirmou que “entende que o texto atinge frontalmente a comunidade LGBTQIAPN+, porque associa negativamente pessoas trans a uma tragédia climática que tem demandando atenção de diversas instituições públicas do país e do mundo”. 

A vereadora ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.