O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou, nesta quarta-feira (4), a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro na missa de sétimo dia em memória de Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, que faleceu aos 99 anos.
A cerimônia ocorrerá na próxima segunda-feira (9), na Catedral de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Embora já tivesse autorizado a presença de Bolsonaro no velório, realizado na terça-feira (3), o ex-presidente optou por não comparecer, alegando que a autorização chegou tarde demais.
Além de liberar sua participação na missa, Moraes também autorizou, de forma excepcional e provisória, o contato entre Bolsonaro e Valdemar durante o evento.
A decisão foi tomada com base no compromisso firmado pela defesa de Bolsonaro de não comentar as investigações em andamento no STF, que envolvem ambos em um suposto plano de golpe de Estado.
“O peticionário compromete-se expressamente a cumprir de forma rigorosa todas as restrições impostas pelas medidas cautelares em vigor, abstendo-se de manter qualquer diálogo acerca das investigações em curso, reafirmando, assim, seu pleno respeito às determinações judiciais”, diz um trecho do pedido da defesa.
Essa garantia foi um dos principais fundamentos para que Moraes permitisse o contato entre os dois, que estão proibidos de se comunicar desde fevereiro.
Desde a imposição dessa restrição, Bolsonaro e Valdemar têm evitado encontros, participando de eventos do PL em horários diferentes. Recentemente, ambos estiveram no lançamento da campanha de Ricardo Nunes (MDB) à prefeitura de São Paulo, mas em momentos distintos.
A missa de segunda-feira será o primeiro encontro presencial entre Bolsonaro e Valdemar desde a imposição da proibição. Embora o contato tenha sido autorizado neste caso específico, outras medidas cautelares permanecem, como a proibição de Bolsonaro de deixar o país, após a apreensão de seu passaporte pela Polícia Federal.