Como o Espectro do Comunismo está Governando Nosso Mundo

Série Especial Ep.4: Genocídio pt.2 | Como o Espectro do Comunismo está Governando Nosso Mundo | NTD

21/11/2020 20:21 Atualizado: 22/11/2020 00:00

Por NTD Notícias

Das teorias de Marx à retórica dos regimes comunistas totalitários, tudo está repleto com o princípio da dependência do proletariado dos trabalhadores e camponeses, e com promessas de representar seus interesses. Mas na prática foi a classe trabalhadora quem sofreu os maiores abusos sob o sistema comunista.

  1. a Repressão aos trabalhadores e camponeses soviéticos

Em 1918, após Lenin ilegalmente desmantelar a Assembleia Constituinte, os trabalhadores foram os primeiros a resistir à ditadura comunista. Em protesto contra a dissolução da assembleia, dezenas de milhares de trabalhadores de Petrogrado e Moscou realizaram passeatas e manifestações. Soldados bolcheviques reprimiram ao agito usando força letal, fuzilando os manifestantes e preenchendo as ruas de Petrogrado e Moscou com o sangue dos trabalhadores.

O maior sindicato do país, a União Russa dos Ferroviários, anunciou uma greve para protestar contra o golpe bolchevique e recebeu amplo apoio de muitas outras organizações trabalhistas. Assim como fez com os trabalhadores de Petrogrado e Moscou, o Partido Comunista da União Soviética abateu os grevistas com suas forças armadas e a União Russa dos Ferroviários e outros sindicatos independentes foram proibidos. As organizações trabalhistas restantes foram gradualmente forçadas a obedecer ao Partido Comunista da União Soviética. 

Na primavera de 1919, trabalhadores russos famintos entraram em greve repetidas vezes para exigir as mesmas rações fornecidas aos soldados do Exército Vermelho, o fim dos privilégios políticos concedidos aos comunistas, a liberdade de expressão e eleições democráticas. Todos esses movimentos foram controlados pela polícia secreta conhecida como Cheka, que prendeu ou atirou nos grevistas.

No verão de 1918, a Rússia enfrentou uma enorme escassez de alimentos devido à guerra civil. Em junho, com o país à beira da fome, Lenin enviou Josef Stalin para Tsaritsyn para se apoderar dos grãos da bacia do Volga, um celeiro tradicional da agricultura russa.

A tirania do PCUS ensejou a resistência camponesa. Em agosto de 1918, os camponeses da região de Penza realizaram uma revolta armada, que se espalhou rapidamente para as áreas vizinhas. O PCUS enviou tropas para reprimir as revoltas, e Lenin enviou telegramas para os bolcheviques de Penza. Abaixo, está a tradução do telegrama original russo feita pelo historiador Robert Service:

  1. Enforquem (e certifiquem-se de que o enforcamento seja visto pela população) nada menos que 100 proprietários conhecidos, homens ricos, sanguessugas.
  2. Publiquem seus nomes.
  3. Tomem todo o suprimento de cereais.
  4. Façam também reféns de acordo com o telegrama de ontem.
  5. Façam de tal modo que pessoas a centenas de quilômetros daí possam ver, tremer, saber e gritar… 

Antes da Revolução de Outubro, Tambov era uma das províncias mais ricas da Rússia. Com o propósito de se apoderar dos seus grãos, o governo da União Soviética organizou “equipes de requisição de grãos” e as enviou para a região. Mais de 50 mil agricultores de Tambov formaram milícias locais para combater as equipes de requisição do PCUS, que também estavam armadas.

Em junho de 1921, diante da tarefa de reprimir a rebelião de Tambov, o regime soviético sugeriu que o comandante militar Mikhail Tukhachevsky enfrentasse os “arruaceiros” com gás venenoso. O uso de armas químicas por parte de Tukhachevsky, combinado com incêndios que assolaram a região, transformou a maior parte de Tambov em uma região completamente desolada. Estima-se que 100 mil camponeses de Tambov que participaram da resistência e seus parentes foram presos ou exilados. Cerca de 15 mil pessoas morreram na rebelião.

Os massacres na União Soviética serviram de modelo para as perseguições subsequentes do Partido Comunista Chinês aos trabalhadores e camponeses chineses.