Uma importante diferença entre as medicinas chinesa e ocidental

24/04/2012 00:00 Atualizado: 17/03/2013 17:12

Uma mulher idosa observa enquanto seu ombro é tratado durante a aplicação da técnica tradicional da medicina chinesa conhecida como ventosa (sangria por meio de ventosa) num centro comunitário de saúde em Shanghai em 24 de setembro de 2009. (Philippe Lopez/AFP/Imagens Getty)

A principal diferença entre as medicinas chinesa e ocidental (alopática) é que a primeira tem raízes na cultura tradicional, enquanto que a medicina ocidental (alopática) é uma linha da ciência empírica moderna.

Na sociedade de hoje dominada pela medicina ocidental (alopática), as pessoas tendem a duvidar da eficácia da medicina chinesa. Até na China de hoje, a medicina chinesa é frequentemente discutida.

Na verdade, nos últimos 5.000 anos, o povo chinês vem sendo dependente da medicina chinesa para curar doenças e para se proteger contra epidemias. Consequentemente, ao longo da história, a medicina chinesa contribuiu para o aumento da população.

Entre cerca de 300 tipos de medicinas tradicionais existentes ao redor do mundo, a medicina chinesa tem se tornado cada vez mais popular. A eficácia da medicina chinesa pode ser provada pelo crescente número de pessoas em todo o mundo que optaram por estudá-la.

Primeiro de tudo, a medicina chinesa é um conjunto de habilidades práticas que abrange uma série de doenças desde um resfriado simples até as doenças mais sérias, como tumores e doenças do coração. Muitos chineses confiam nestas habilidades na vida diária.

O Professor He Yumin do Instituto de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai disse: “Pegue o câncer do pâncreas como um exemplo, onde o prognóstico internacional é de 4 a 6 meses. Entretanto, 20 dos 100 pacientes aqui em Shanghai que receberam nosso tratamento viveram de 3 a 5 anos. A maioria deles estava impossibilitada de passar por cirurgia ou quimioterapia e radioterapia.”

Um irônico ditado popular diz, “Pessoas procurando tratamentos na medicina ocidental (alopatia) geralmente morrem sabendo exatamente o porquê; Pessoas procurando tratamentos na medicina chinesa geralmente vivem sem saber exatamente o porquê.”

A medicina ocidental (alopática) se concentra em remover os sintomas fazendo uso de métodos diretos, chamados “trate a cabeça quando a cabeça dói; trate o pé quando o pé dói”. No entanto, a medicina chinesa se preocupa com uma análise dialética do corpo humano como um todo, onde é examinado um conjunto de sistemas interconectados e inter-relacionados. Por isto, a dimensão holística inerente na medicina chinesa mostra grande potencialidade em tratar doenças mais complexas como câncer, AIDS e Alzheimer.

A Organização Mundial de Saúde define sub-condição de saúde como um estado entre a saúde e a doença quando todos os indicadores físicos e químicos necessários dão negativo, mas a pessoa vivencia todos os tipos de desconforto e até dor. A medicina ocidental (alopatia) não sabe o que fazer quando trata uma sub-condição de saúde. Mas a medicina chinesa mostra a sua força ao tratar problemas de sub-condição de saúde através do exame do corpo como um todo e com uma análise derivativa dos sintomas.

A medicina convencional ocidental não reconhece a existência dos meridianos ou canais de energia no corpo humano, porque a anatomia não pode provar. Com uma câmera especial desenvolvida em 1939, que é usada na fotografia Kirlian, onde não são necessários filmes ou emulsão, podem ser tiradas fotos mostrando o “plasma biológico do corpo” com o flash de luz entre eletrodos. Estas fotos, tiradas por um grupo de cientistas da Universidade Estadual de Kirov, mostraram muitas áreas brilhantes em todo o corpo que se correlacionam com os pontos de acupuntura e meridianos.

Para o povo chinês, estimar a medicina chinesa também tem um aspecto cultural, pois ela é a manifestação da cultura tradicional chinesa nas áreas relacionadas com a saúde humana. A medicina ocidental defende a teoria “ver para crer”. A medicina chinesa segue os princípios do Yin-Yang e a filosofia da geração e inibição mútuas. A medicina chinesa acredita na existência de canais de energia e de pontos de acupuntura mesmo que estes pontos não possam ser vistos com olhos humanos.

Além disto, a tradição chinesa acredita que qualquer questão neste universo tem seu lado físico e seu lado espiritual. Ambos os lados trabalham juntos para formar uma entidade completa. Por exemplo, quando alguém pega um resfriado, a medicina ocidental (alopatia) diz que foi devido a uma infecção por vírus, mas a medicina chinesa diz que é devido ao desequilíbrio do Yin-Yang resultante do bloqueio nos canais de energia. A medicina ocidental (alopatia) é como guerreiro num jogo de computador lutando com o vírus na linha de frente. A medicina chinesa é como a pessoa atrás dos bastidores matando o vírus com uma mão invisível.

A autêntica medicina chinesa tem origem na inspiração divina da cultura chinesa; é muito triste admitir que a essência da medicina chinesa esteja perdida. O que vem sendo passado são simplesmente receitas ou prescrições. Na China, os estudantes da medicina chinesa recebem treinamento na medicina ocidental, mas a eles não é ensinado a essência e a coluna dorsal de sua própria cultura.