A revista chinesa “Buscando a Verdade” publicou os resultados da pesquisa “As 10 principais preocupações dos chineses em 2010”. A reforma médica, que vinha ocupando o primeiro lugar nos anos anteriores, desta vez, deu lugar ao aumento dos preços dos produtos básicos da vida diária, que apenas por 9 votos deixou em segundo lugar o superfaturamento dos imóveis.
Top 10 das preocupações
O aumento dos preços de itens de uso diário obteve 84% dos votos.
O custo da moradia, 83,2%.
A reforma médica, 76,2%.
A segurança alimentar, 65,7%.
A reforma da educação 51,0%.
A reforma da moradia, 49,3%.
A segurança social, 48,3%.
Emprego, 46,8%.
A reforma da distribuição de renda, 45,9%.
Corrupção 44,8%.
A insegurança por causa da inflação
Este ano, a dor de cabeça do povo chinês foi causada pela pior inflação da história. Feijão, alho, gengibre, açúcar, óleo, maçãs, batatas, ovos, vinho branco, sopa, macarrão instantâneo, arroz, algodão, roupas, etc., têm aumentado dramaticamente.
O povo do nordeste da China tinha o hábito de armazenar vegetais para o inverno. Conforme o tempo passou, com a vida moderna, se perdeu este costume. Agora eles estão regressando ao passado e voltaram novamente a guardar alguns legumes, cebola, batata, repolho, feijão e vagens secas.
Em novembro deste ano, o Instituto Nacional de Estatística anunciou que o Índice de Inflação subiu 4,4% na China em outubro, mas parece que o público está sentindo muito mais forte este valor. As pessoas reclamam porque tudo sobe de preço, menos o salário.
Um jovem disse que, quando aumentou o preço da cebola, alho e gengibre, jornais e televisão disseram que há pessoas mal-intencionadas que compram em grandes quantidades para provocar o aumento dos preços, mas agora também há muitos outros produtos alimentares que dispararam. “Claro, a inflação não é porque algumas pessoas querem acumular bens, não importa as estatísticas. Todos nós podemos sentir o aumento notável dos preços”, disse ele.
Os preços das moradias dispararam
O custo das propriedades é outra dor de cabeça para o povo chinês, especialmente os jovens que vivem nas grandes cidades, uma vez que ter uma moradia é uma condição necessária para o casamento. Estima-se que as casas aumentaram em mais de 500% nos últimos 10 anos, e em cidades como Pequim, Xangai, Hangzhou e Shenzhen, o aumento foi de 6 a 8 vezes.
Um levantamento de outubro mostrou que 80% dos questionados consideram que o imposto sobre a propriedade para conter os preços das moradias não é muito eficaz, e que mais de 70% acreditam que o imposto sobre a propriedade não pode parar o fenômeno da compra-venda de imóveis.
Durante este ano, o regime impulsionou novas reformas para liberar os preços dos imóveis, terrenos e imóveis em geral; quis manter o preço, mas não previa os resultados. Diante da situação de descontrole inflacionário, entre os métodos adotados pelas pessoas para proteger o valor de suas poupanças, comprar casas tornou-se a primeira opção.
De fato, as autoridades locais, que tomam as decisões sobre a venda das terras para obter mais lucros para si, não querem deixar cair o preço das moradias, mas temem que o aumento dos preços enfureçam as pessoas. Quanto mais se libera o preço dos imóveis, mais ele sobe, causando grande preocupação na obtenção de uma casa a um preço acessível. Cada movimento é acompanhado por um rebate, o que sempre piora a situação.
A reforma médica
A pesquisa mostrou que há quatro questões que nunca deixaram a lista dos principais problemas: a reforma da saúde, a segurança social, a segurança alimentar e a corrupção.
A reforma médica estava em primeiro lugar nas pesquisas dos anos anteriores, mas foi deslocada pelo preço dos produtos básicos e pelo custo dos imóveis. Hoje, o problema da subsistência é a maior preocupação e motivo de ansiedade.
A falta de segurança nos alimentos também é uma preocupação entre o povo chinês. Leite com melamina, óleo usado, frutos do mar contaminados, farinha adulterada, etc., são apenas alguns dos exemplos.