Protestos de massa para depor um governo são bons para um país?

10/03/2014 08:20 Atualizado: 11/03/2014 15:33

Protestos de massa pacíficos são considerados necessários quando se busca uma mudança para o benefício da maioria em um país. Isto é o que os repórteres do Epoch Times de lugares como Rússia a Espanha encontraram quando perguntaram aos habitantes locais:

A longo prazo, você acha que protestos de massa para depor um governo são bons para um país?

(Epoch Times)
Khachim Guketlov (Epoch Times)

Nalchik, Rússia

Khachim Guketlov, 29, assessor jurídico

“Acredito que protestos de massa, realizados dentro da lei do Estado, às vezes são úteis, dependendo de sua relevância e razoabilidade. Gostaria de salientar que é importante que os protestos de massa não sejam uma ferramenta de gestão do poder do Estado no interesse de outro estado. Em qualquer caso, se mais de 50% da população do estado se engajar num protesto particular, o governo deve tomar as medidas necessárias para satisfazer as demandas da maioria. É necessário realizar pesquisas legítimas e independentes periódicas sobre o trabalho do governo. É especialmente necessário aprovar disposições sobre impeachment (voto de confiança) que estendem as suas regras quanto aos funcionários, judicial, executivo e poder legislativo, o gabinete e o chefe de Estado.”

(Foto cedida por Ahmed Alsaidy)
Ahmed Alsaidy (Foto cedida por Ahmed Alsaidy)

Dubai, Emirados Árabes Unidos

Ahmed Alsaidy, 21, estudante de mídia

“Protestos de massa por um longo tempo irão prejudicar a posição econômica do país devido à instabilidade causada. No entanto, exigir a renúncia de um governo corrupto pode ser mais benéfico para o país em longo prazo. Dependendo do quanto o governo é corrupto, as massas podem decidir o que é mais prejudicial, uma recessão econômica de curto prazo, ou um governo corrupto de longo prazo.”

(Epoch Times)
Osmar Gonçalves dos Santos (Epoch Times)

Salvador, Bahia, Brasil

Osmar Gonçalves dos Santos, 43, empresário

“Toda manifestação é positiva, quando tem objetivos. Se for para tirar um presidente, tem que ver se a maioria da população esta de acordo. Se o mesmo não tem compromisso e objetivo político, como aconteceu aqui no Brasil, com Collor de Mello, por corrupção, conseguimos tirá-lo.”

Jason Feldman (Epoch Times)
Jason Feldman (Epoch Times)

Queens, New York, Estados Unidos

Jason Feldman, 24, professor

“Depende do que você quer dizer com bom para o país. Bom para as pessoas é diferente do que é bom para o governo ou o dinheiro, isso depende de tudo isso. Eu não acho que há uma decisão que seja melhor para todos os países. É baseado caso a caso e precisa acontecer entre esse país e esse povo.”

Aylin A. Pappano (Epoch Times)
Aylin A. Pappano (Epoch Times)

Buenos Aires, Argentina

Aylin A. Pappano, 27, jornalista

“Eu concordo que as pessoas devem ter o direito de se expressar. Para demonstrar que aspectos de um governo elas discordam, ou o seu descontentamento com a política do Estado, ou com uma determinada situação – por exemplo, a delinquência, o tráfico de drogas e o desemprego- eu acredito que é mais do que válido um protesto público massivo. Eu não concordo com a violência em tais protestos. Eu acho que a violência não pode ser atacada com violência, mas com palavras e ações, com um debate aprofundado e respeitoso com o resto dos partidos políticos. Eu não concordo em um golpe de Estado para derrubar um governo na hora.”

(Epoch Times)
Marita Gavelin (Epoch Times)

Harlösa, Suécia

Marita Gavelin, 44, faxineira

“Por exemplo, é bom com o incidente da Praça Tiananmen, quando um homem se atreveu a ficar na frente dos tanques, porque as pessoas se lembram desse tipo de ação. Eu acho que protestos de massa são uma obrigação para um país democrático, mas ditaduras precisam disso ainda mais.”

(Epoch Times)
Christian Tovar (Epoch Times)

Medellín, Colômbia

Christian Tovar, 25, gestor

“Protestos de massa surgem por necessidade. As circunstâncias sociais ditam como a sociedade age ou reage, e certas situações definitivamente garantem este tipo de reação. Um exemplo seria a situação na Ucrânia.”

Hannah Montgomery (Epoch Times)
(Epoch Times)

Maroochydore, Austrália

Hannah Montgomery, 22, cabeleireira

“Eu diria que sim, é uma coisa boa. A Austrália tem a liberdade de expressão de modo que devem ser autorizados a protestar contra o que pensamos, mas eu não acho que devemos impedir outras pessoas de começar a trabalhar, ou a vida de outras pessoas, ou qualquer coisa assim. Eu acho que nós estamos levando isso um pouco longe demais e nós estamos tentendo a protestar agressivamente, o que é contraproducente, porque a maioria das pessoas não respondem muito bem a agressão. Elas apenas contra-atacam, então eu pessoalmente não acho que é a melhor das ideias, a menos que seja feito de forma adequada.”

(Epoch Times)
Dane Bergman (Epoch Times)

Zaragoza, Espanha

Dane Bergman, 28, funcionário de construção de túnel

“Acho que sim, em todo o mundo. Se os protestos não surgem, os governos não vão ceder as suas posições e a desigualdade continuará a existir. Além disso, se nada for dito, os governos não estará ciente das desigualdades que estão ocorrendo.”

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