Praticantes do Falun Gong mortos em questão de dias após serem detidos na China

16/09/2010 00:00 Atualizado: 16/09/2010 00:00

Levi Browde, porta-voz do Centro de Informações do Falun Dafa, fala sobre os mais de dez anos de perseguição aos praticantes do Falun Gong na China, e sobre seu movimento pacífico para chamar a atenção aos abusos dos direitos humanos na China. (Tim McDevitt/The Epoch Times)

Recentemente, têm chegado relatórios da China sobre os praticantes do Falun Gong que foram torturados e espancados até a morte poucos dias depois de serem sequestrados pelas autoridades. Um repórter da NTDTV conversou com Levi Browde, diretor executivo do Centro de Informações do Falun Dafa, sobre estes casos recentes.

“15% de todos os casos de morte que temos recebido e verificado são casos onde a pessoa morreu dentro de dois meses após ser posta sob custódia policial. Muitas vezes, dentro de dias, às vezes em poucas horas. Fica claro, então, que no momento em que são levadas sob custódia, enfrentam condições muito brutais para este tipo de coisa acontecer”, disse Levi Browde.

Estes são os praticantes da disciplina espiritual Falun Gong. Em 1999, o regime comunista chinês lançou uma campanha nacional contra o Falun Gong. Naquele tempo, acreditava-se que os praticantes do Falun Gong na China fossem de 70 a 100 milhões. Relatórios de detenção e tortura rapidamente emergiram na China. Hoje, mais de 3 mil pessoas foram confirmadas mortas como resultado da perseguição do regime.

A Anistia Internacional disse em seu relatório de 2010 que a campanha das autoridades chinesas contra o Falun Gong tinha “intensificado”. No mês passado, surgiram casos confirmados de praticantes do Falun Gong que foram mortos poucos dias depois da polícia tê-los levado em custódia. O Centro de Informações do Falun Dafa, uma organização sem fins lucrativos que investiga a perseguição do Falun Gong na China, informou sobre o caso de Zeng Huaguo, um empresário da província de Hunan.

Levi Browde continuou: “Um homem de 57 anos, que estava sendo perseguido pela polícia na China por praticar o Falun Gong. Eles tinham saqueado sua casa, tomado todos os seus livros do Falun Gong, e todos os materiais de sua casa. Então, ele foi à polícia pedir que devolvessem suas coisas. Ele foi levado em custódia e dias depois ele estava morto.”

Segundo o relatório, à família do Sr. Zeng foi oferecido o equivalente a 38 mil dólares para manter silêncio sobre sua morte.

“A perseguição ao Falun Gong tem sido tão brutal e tão básica em termos de torturar um grande número de pessoas de uma forma tão sistemática, e enviá-las aos campos de prisioneiros; que eles estão tendo que esconder os numerosos crimes, acobertá-los, e destruir as evidências, pois sentem que precisam continuar até que o Falun Gong seja erradicado. Caso contrário, as provas existentes sobre o que eles fizeram, acabarão por encurralá-los”, acrescentou.

E esta evidência está atraindo a atenção internacional.

Em 2010, o Congresso dos EUA aprovou a Resolução 605, pedindo ao regime chinês para acabar com a perseguição ao Falun Gong.

Mas até este dia chegar, milhões de pessoas na China vivem na incerteza, sabendo que a qualquer momento elas podem ser presas apenas por se associar a esta tradicional prática espiritual chinesa.

Ben Hedges, notícias NTDTV.